quarta-feira, 29 de abril de 2015

Você acessa a Internet pelo computador ou celular?

Você acessa a Internet pelo computador ou celular?

Com a popularização dos dispositivos móveis, o computador começou a perder importância entre os internautas brasileiros, segundo suplemento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) sobre tecnologia, divulgado pelo IBGE.



Segundo o levantamento, 7,2 milhões de pessoas — equivalente a 4,1% da população do país — utilizavam somente aparelhos como smartphones e tablets para se conectar à internet em 2013.
Foi a primeira vez que o instituto considerou esse tipo de dispositivo na pesquisa. Naquele ano, 45,3% dos brasileiros usavam o computador para entrar na internet. Em 2011, esse percentual era de 46,5%. O IBGE pesquisou 362.555 pessoas e 148.697 domicílios em todos os estados do país e no Distrito Federal.

Considerando a pesquisa por domicílios, o IBGE verificou que o acesso por celular estava presente em mais da metade (53,6%) dos lares brasileiros. Já o tablet existia em 17,2% dos domicílios do país. 
Entre as residências com internet, 97,7% tinham banda larga, sendo que 24,1 milhões conectavam-se, em 2013, por banda larga fixa e 13,6 milhões, por banda larga móvel.

Em 2013, 11,6% dos domicílios do país acessavam a internet somente por outros dispositivos, como celular e tablet, o equivalente a 3,6 milhões de lares. O microcomputador, no entanto, foi o principal meio de acesso na maioria dos lares, responsável pelo acesso em 88,6% dos domicílios.

Como o acesso por meio de aparelhos móveis não foi investigado nos anos anteriores, não é possível medir se houve aumento da importância desses dispositivos no acesso à internet. O IBGE destaca, no entanto, que o computador convencional ainda é o principal meio de acesso à rede no país.

Em algumas regiões, no entanto, a importância relativa dos outros dispositivos é maior. No Norte, 8,7% da população usa exclusivamente equipamentos como tablets e celulares para se conectar à internet. Ao todo, a região tem 38,6% de sua população com acesso à internet, sendo que 29,9% usam o computador para se conectar. O Centro-Oeste também se destaca nesse aspecto, com 4,4% das pessoas utilizando apenas esses outros aparelhos.

O fenômeno, diz o IBGE, pode estar relacionado à dificuldade de acesso a serviços de banda larga fixa enfrentada por parte da população nessas regiões.

— Isso pode estar relacionado a uma questão de infraestrutura — destacou Jully Ponte, técnica do IBGE responsável pela pesquisa.

O levantamento do instituto mostrou ainda que, em cinco estados do país, o percentual da população que utiliza somente telefone celular ou tablet para se conectar já supera a fatia dos que optam pelo computador: Sergipe, Pará, Roraima, Amapá e Amazonas. Neste último, o percentual que usa exclusivamente dispositivos móveis chega a 39,6%, contra 11,1% que preferem o computador. 

Enquanto isso, no Rio de Janeiro, a proporção é inversa: 43% utilizam somente o computador, enquanto 7,7% escolhem acessar a rede por dispositivos móveis.


Fonte: http://oglobo.globo.com/economia/em-2013-72-milhoes-de-brasileiros-entraram-na-internet-somente-por-meio-de-tablet-celular- 

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Vale á pena ler de novo: fatos que marcaram a nossa Propaganda V

Vale á pena ler de novo: fatos que marcaram a nossa Propaganda.

CapítuloV por Sérgio Duarte

Cenp profissionaliza as negociações da atividade publicitária


No dia 16 de dezembro de 1998, representantes de agências, anunciantes e veículos de comunicação colocaram em vigor as Normas-Padrão da Atividade Publicitária, um regulamento que reúne as diretrizes para o estabelecimento de uma relação ética entre todas as frentes envolvidas na atividade publicitária do País.

Mais do que um documento que defi ne os limites dos profi ssionais, o conjunto de normas nasceu com o propósito de reforçar a capacidade de auto-regulamentação do setor.

Para aplicar essas regras e zelar pelo seu cumprimento por parte dos envolvidos no meio publicitário, foi criado o Conselho Executivo das Normas-Padrão, o Cenp. Tendo as principais associações do âmbito da publicidade como mantenedoras - ABA, Abap, Abert, ANJ, Aner, Central de Outdoor, Fenapro e ABTA, o Conselho, por meio da outorga dos seus Certifi cados de Qualificação, é o responsável pelo cadastramento de agências, anunciantes e veículos que, segundo a avaliação de seus integrantes, estão aptos ao pleno e livre exercício das ações comerciais e publicitárias.

Prestes a completar 10 anos, o Cenp, atualmente presidido por Petrônio Corrêa, deu início, há quatro meses, a uma profunda revisão do texto original de suas normas, a pedido da ABA, que atentou para a necessidade de adequação das regras ao cenário do mercado atual - bem diferente daquele existente em sua elaboração.
A inclusão de regras relativas às novas mídias, como internet e telefones móveis, é um ponto defendido pela mantenedora para que sejam superadas as obsolescências do Cenp e para que ele seja moldado de acordo com a realidade das negociações comerciais do século 21.

Mensalão arranha imagem do mercado publicitário 

O escândalo do mensalão explodiu em 2004, com a revelação de um esquema de corrupção envolvendo os Correios e que acabou derrubando o ministro José Dirceu (Casa Civil), após acusações feitas pelo então deputado Roberto Jefferson (PDT-RJ), que teve seu mandato cassado.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apurou o caso indicou 40 pessoas, entre parlamentares e assessores.

Eles estariam envolvidos no esquema em que Marcos Valério, então dono das agências mineiras SMP&B e DNA, seria o articulador da distribuição de recursos a deputados em troca de fidelidade nas votações do Congresso.

Para piorar ainda mais a situação, o publicitário Duda Mendonça admitiu, em um depoimento à CPI dos Correios, que tinha recebido dinheiro em uma conta no exterior como pagamento por seu trabalho na campanha de Lula à presidência.

A imagem dos publicitários acabou chamuscada, pois ficou para a opinião pública a impressão de que a publicidade oficial era mais uma forma de desviar recursos públicos para causas ilícitas, sendo as agências os objetos da manobra.


A Associação Brasileira das Agências de Publicidade (Abap) tomou a iniciativa de defender a categoria. As agências de Valério encerraram suas atividades e Duda Mendonça não conseguiu renovar seus contratos com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) e a Petrobras, além de perder as contas de Guaraná Antarctica e Pão de Açúcar.