segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Como as pessoas estão escutando Rádio?

Como as pessoas estão escutando Rádio?

Nós brasileiros devemos estar ligados nos resultados das pesquisas feitas para emissoras de rádio no exterior e fazer comparações com os resultados no Brasil, e com isso fazer uma análise das tendências e refletir sobre o futuro do Rádio.

Na recente pesquisa na Inglaterra pela empresa RAJAR sobre o mercado em 2017, como o nome de Midas (Measurement of Internet Delivered Audio Services que se traduz para “medida da entrega dos serviços de áudio pela Internet”), podemos  refletir acerca de “o quê” e “quem” está ouvindo o meio Rádio nos dias atuais.

Os insights da pesquisa Midas e da pesquisa IBOPE/Kantar - Brasil

O meio rádio representa 75% de todo o áudio escutado pelos ingleses, com destaque para 50% dos jovens entre 15 e 24 anos. No Brasil, de acordo com o levantamento do IBOPE, 91% dos entrevistados entre 15 e 19 anos declararam ouvir rádio por ao menos um minuto nos últimos 30 dias.

Na Inglaterra as pessoas entre 25 e 34 anos estão acostumadas em ouvir as emissoras através de programas gravados... isto mesmo: gravados. Eles tem o costume de acessar a dois formatos na web: o “podcast” e o “listen again”.  


Para quem não sabe, os  podcasts são programas específicos gravados com um propósito específico e em alguns casos como episódios (do tipo as séries do Netflix)  e os “Listen Again” (ouvir de novo) são aqueles como por exemplo:  ouvir a narração (gravada) dos gols de um jogo de futebol no site da emissora ou pelo canal do YouTube... Por isso se chamam: Listen Again...

Todavia,  vale ressaltar que no Brasil, segundo a pesquisa Kantar, a internet ainda não é forte no alcance dos ouvintes!

Saiba o porquê.

Segundo o Ibope, em pesquisa de Setembro de 2017: “95% do consumo de rádio foi registrado para emissoras transmitidas em AM ou  FM, independentemente dos devices usados para audição” e “23%  dos ouvintes escutam o meio e usam a internet ao mesmo tempo” , ou seja, a audiência por aparelhos nas casas e nos carros ainda é absoluta (78%). A soma entre  telefones pessoais e computadores é de 22% dos brasileiros.

Em tese, os ingleses estão cada vez mais desfrutando de rádio sob demanda e em novas plataformas.

Aqui o trabalho ainda é incipiente e devemos ficar de olho bem abertos para as novas pesquisas em 2018.


quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Tirar o produto da prateleira e sair sem pagar usando o celular... Amazon GO !

Tirar o produto da prateleira e sair sem pagar usando o celular... 
Amazon Go chegou para revolucionar

Chegou enfim o sonho de qualquer pessoa: entrar no mercado, pegar o produto que quiser e sair sem pegar fila e nem pegar na carteira.



Na segunda feira passada, dia 22 de janeiro de 2018, a Amazon lançou sua primeira loja de venda de produtos, onde você através do aplicativo Amazon Go, entra na loja pega um produto coloca na sua bolsa e o software encaminha a informação para a sua conta gerando a fatura nos mesmos moldes dos aplicativos como o Uber.

Ao sair da loja você vai embora sem pegar filas e não perde seu tempo, e se por acaso pegar um produto e colocar de volta na prateleira, o software registra o retorno evitando a cobrança indevida. Se prepare para esta revolução que em breve, acredito, estará chegando aos supermercados brasileiros. Eu acredito e você?

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Está indo o marketing na Internet na direção errada?

Está indo o marketing na Internet na direção errada?

Adaptado de Tom Davenport em matéria a Harvard Business Review.

 - Os clientes respondem bem às ofertas na Web, as chamadas "Next Best Offers” (NBOs) ? Ou seja, àquelas propagandas que nos perseguem quando estamos navegando ?

Os profissionais de marketing estão finalmente começando a reunir informações sobre o cliente, quando os produtos ou serviços que clientes possam querer ao navegar;  e o contexto de compra são adaptados aos conceito de NBOs (Next Best Oppotunities - Melhores Ofertas próximas).



Eu não questiono as mensagens em sucatas de-mails em minha caixa de entrada, todavia quase chorei de alegria outro dia quando recebi uma oferta de desconto de um dos meus restaurantes favoritos... A experiência foi eficiente.

E eu sabia que era apenas um golpe aleatório de marketing, mas isso me fez pensar no poder de NBOs envolvendo produtos e serviços que eu realmente gostaria ! Naquele momento, aceitei a oferta de desconto do restaurante, e eu supondo que, se NBOs fossem mais bem orientadas, as rodas do comércio girariam muito mais rápido. 

Eu, por exemplo, estaria disposto à sacrificar um pouco da minha privacidade para este tipo de anúncio... No entanto, algumas das incríveis NBO deixam-me intrigado sobre implicações de privacidade

A Microsoft, por exemplo, tem a capacidade incrível de ajustar "ofertas" com o seu motor de busca do Bing tendo como base uma variedade de fatores como a minha localização, idade, gênero, e as atividades on-line (determinadas a partir de cookies e outras fontes).

Na web é difícil navegar sem ser vigiado.

E se você se inscreveu no Microsoft Passport do Windows 10, a empresa tem ainda mais informações sobre você, que permite a segmentação das ofertas ainda de forma mais eficaz.

A capacidade da Microsoft tem no momento que você clicar em uma oferta em sua caixa de entrada leva cerca de 200 milissegundos.

A Microsoft diz que funciona muito bem para levantar taxas de conversão de compra. E eu não acho que há abusos da informação pessoal. Todavia, para reflexão, gostaria de saber sobre o grau que os clientes toleram esse tipo de coisa. 

Um estudo recente de sobre norte-americanos adultos,  sugere que os consumidores estão muito menos entusiasmados com ofertas direcionadas de marketing. O título do relatório diz tudo: "Os americanos rejeitam publicidade personalizada".

- 66% dos entrevistados disseram que não querem websites para mostrar-lhes “anúncios sob medida” para seus interesses.

- 49% disseram que não querem que ofereçam desconto “sob medida” conforme seus interesses.

- E os jovens estão tão pouco muito interessados ​​em ser alvo de mensagens NBOS, assim como  velhos (como eu...). 

Além do mais, quando os consumidores são informados sobre as formas comuns que os comerciantes reúnem os dados que eles usam para anúncios: 86% dizem que não querem esse tipo de publicidade.

Apesar de outros entrevistados em outras pesquisas, não terem sido tão negativos sobre os anúncios direcionados, é do tempo para marketeiros e executivos seniores de levar a sério a questão da privacidade e preferências dos clientes em NBOs.


Tom Davenport é presidente da área de T.I. e Gerência da Babson College.