terça-feira, 30 de outubro de 2007

TENHA CERTEZA QUE A Web 3.0 CHEGOU

A terceira onda reconhecida pelas redes sociais está chegando.

O propósito da primeira onda de 1995 (criação da Amazon) a 1999 (quando surgiu o Napster), onde os modelos de negócios vitoriosos na web (b2c, em especial), foi a formação dos grandes centros de atração de audiência.

Na segunda onda,desde de 2002, é a descentralização na distribuição de conteúdo digital. É importante frisar, que a interatividade provocou estragos que foram enormes e ainda estamos longe do fim – a conseqüência foi com a revolução dos negócios da indústria da música.

A inovação tem movido a comunicação entre usuários que se conectam, sem necessariamente envolver servidores centrais. Fazem de qualquer computador na rede um servidor de onde parte e de onde chega conteúdo digital de todo tipo, de simples mensagens de texto a CDs de música. Qualquer computador da rede tornava-se assim um centro de audiência natural.
Também os blogs se consolidaram, surgiram os fotologs. E mais que tudo: surgem então as ferramentas de redes sociais. São muitos os exemplos: friendster, linkedin, last.fm, delicious, orkut, digg e muitos outros.

Um exemplo, que deixará os programadores de rádio intrigados é o: " last.fm." (que quer dizer o último FM), uma rádio em rede onde os participantes ouvem e classificam livremente suas músicas preferidas, compartilhando na comunidade dicas e preferências (de playlists).
Percebe-se, que elege-se nesta terceira onda de rede sociais, digitais, é a virtude do conteúdo, a difusão, pela distribuição de audiências tribais, ou seja, conteúdos em profusão que interessam a poucos por vez, mas interessam muito.
Hoje, segundo Abel Reis, já se fala numa web 3.0, onde a idéia principal é a de software oferecido como serviço, pela própria rede, por grandes, médios, pequenos ou micro fornecedores, sob demanda e pago por uso transacional.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

SECOND LIFE – UMA SEGUNDA VIDA

Decidi escrever sobre o assunto porque muitos alunos e amigos pouco sabem sobre o tema. Para se ter uma segunda vida no mundo virtual é necessário um computador com ótimo desempenho em uma veloz conexão, uma boa conexão na Internet e um software da empresa Linden chamado Second Life.

- Mas, qual é o porquê de se ter uma nova vida no mundo cibernético?

A Segunda Vida na Web teve início em 2003 através da empresa Linden Lab com a idéia original das pessoas residirem em um novo mundo sem a preocupação com alimentação, moradia e a aparência. Para participar desse novo jogo da vida as pessoas (interessadas) no planeta instalam o software do laboratório Linden (gratuitamente) com a finalidade da escolha de um personagem próprio, do tipo Avatar para poder andar e até se teletransportar nesse mundo virtual, na maneira que convier.

Em uma vida em terceira dimensão centenas de milhares de pessoas no mundo têm se utilizado da Second Life para a troca de idéias; e empresas como Calvin Klein (que lançou uma marca de perfume exclusiva no mundo virtual), Toyota, Kraft têm tentado ser notadas nesse novo espaço de divulgação de marcas. Contudo as empresas do mundo real não têm feito muito sucesso no novo mundo virtual, pois existe uma rejeição contemplativa dos usuários, segundo a jornalista Shira Boss (Nytimes.com).

Com a liberdade de ser um novo personagem no mundo virtual, o usuário do software da Linden Labs vê-se na obrigação para aprimorar sua convivência nesse mundo com a obtenção de Linden dólares...

Através do uso de um cartão de crédito, as pessoas podem jogar e ganhar dinheiro no ciberespaço. E para cada dólar de crédito para participar da Second Life o usuário obtém o equivalente a 268 (duzentos e sessenta e oito) Linden dólares, que são gastos com freqüência em artigos da moda, shopping center, festas entre as opções do jogo.
Os tipos de ocupação mais procurados pelos internautas são: dançarinas exóticas; vendedores; recepcionistas com salários que variam entre 50 e 150 Linden dollars por hora trabalhada. Percebe-se que há bastante dinheiro circulando neste negócio. Segundo o jornal The New York Times o governo norte americano já está de olho no recolhimento de impostos, ou seja, já estão estudando uma forma legal de taxar os moradores de um mundo virtual.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

FALE DE GRAÇA AO TELEFONE, MAS TENHA UM SOFTWARE OUVINDO A CONVERSA... A PUDDING MEDIA VEM AÍ...

Caso você não saiba empresas, que fornecem caixas de entrada de e-mails (in-box) como a Google lêem os e-mails dos usuários para oferecer anúncios relacionados aos interesses dos internautas.

Com base nessa bisbilhotice americana -autorizada pela justiça, sei lá...o quê.. Uma empresa de San Jose- Califórnia com o nome de Pudding Media oferece aos usuários da Internet ligações telefônicas entre computadores sem custos.

Você liga e fala a vontade de computador para computador, porém com apenas um infortúnio: a Pudding Media mantém um sistema de escuta simultâneo e conforme o "bate-papo" entre as pessoas que corre solto e sem tarifas, a empresa vai apresentando comerciais simultaneamente, ou melhor, propaganda na tela dos computadores. Se a conversa for sobre cinema, um software reconhece a palavra-chave do "chat" e imediatamente começa a veicular anúncios sobre o tema na tela do computado, se for de sexo...

Percebe-se claramente que há violação de privacidade em questão, contudo a Pudding reclama que seu negócio não é diferente do Google.

O serviço é grátis pra quem aceita nos estados americanos em fornecer informações sobre sexo, faixa-etária, língua nativa e área de endereçamento postal. E os anunciantes pagam a Pudding com base no click through (pelas vezes que um usuário clica no anúncio).

A idéia futura do pessoal do Pudding é após o teste de mercado com uso de conversas telefônicas de computador para computador, partir para o mesmo serviço em telefonia celular e oferecer ligações sem pagar, desde que você tenha sua conversa monitorada...

No Brasil é crime a violação de correspondência e ligações telefônicas sem autorização...

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

NO BAILE DO MINISTRO DA BANDA LARGA AUTOR NÃO ENTRA.

Recebi e-mail do cantor Byafra, um dos grandes cantores da música romântica brasileira dos anos 80, que continha o título acima e segue para leitura de vocês...

O ministro Gil fala demais e ninguém contesta. Chega.

São quase 5 anos de ações, gestos e palavras inconseqüentes, declarações ilógicas e imprecisas, confusão mental e irresponsabilidade. Vamos a alguns fatos.
Em 2004, o Minc quis aprovar a ANCINAV, projeto intervencionista que acabou arquivado. O que poucos souberam é que, em meio a centenas de artigos, existiam 4 que, contra a Constituição, usurpavam direitos dos autores musicais. O ministro compositor, não satisfeito, passou a defender a flexibilização dos direitos autorais, além de maquinar desejos de estatização dessa conquista universal dos criadores e artistas. E começou a elogiar um novo tipo de licença, o Creative Commons, inventada pelo professor americano Laurence Lessig, encampada por advogados ligados à Fundação Getúlio Vargas e pelo Minc.

Não creio que este engodo estivesse no programa de Governo de Lula. E nada disso foi discutido por Gil com a classe cultural. Mas, como se estivesse no palco e dele fosse senhor, resolveu fazer, dessa farsa, política de Estado.

E cita Thomas Jefferson, que dizia que uma idéia não tem a força de propriedade de uma casa ou ferramenta. A obra artística é mais do que uma idéia e esta é, no máximo, ponto de partida para a criação. A noção que Jefferson tinha de idéia era muito precária. Ao mesmo tempo em que atacava a escravidão em seus textos, mantinha duzentos escravos negros sob sua posse. É semelhante ao compositor-ministro: defende a liberalização geral das obras pelos autores mas, apesar de ter sob controle toda as suas músicas, só licenciou uma canção, feita para um disco gravado na Noruega. As idéias, neste caso, realmente pouco valem. Cultura se faz com criadores, sejam indivíduos ou uma coletividade. E o direito autoral é uma conquista da civilização. Vem dos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. O que se opõe ao iluminismo, que nos deu o direito autoral, é a barbárie. E essa parece ser a meta dos que defendem o Creative Commons.

Eles sofismam e mentem quando dizem que os direitos autorais são caros. Quando, por exemplo, um cidadão compra um cd por 35 ou 40 reais, a parte autoral, para todos os compositores, é de cerca de 1 real (ou 8,4% sobre o preço médio de fábrica, que anda pelos 15 reais). O autor não impede a obra de circular; ele é que a faz circular pois é ele que a cria.

O ministro canta loas à tecnologia, mas não quer que os autores utilizem os avanços tecnológicos para preservar o que criaram. E o MINC incentiva empresas estatais a sugerir que os artistas renunciem a seus direitos.

Quem está por trás desse massacre aos autores, dessa campanha mundial, economicamente forte e organizada? Certamente, os grupos que dominam a internet:
a Microsoft, o Google, as telefônicas, que poderiam usar obras artísticas sem pagar. Por que o Gilberto Gil não propõe uma " Technology Commons", para que todos tenham acesso gratuito ao que os chamados provedores de conteúdo nos oferecem mediante pagamento?

Qualquer que seja o assunto, o ministro descobre um jeito de atacar os autores. Ele tem idéia fixa contra nós. Piratearam um filme? É hora de mudar a lei autoral. Ele acha normal que se faça cópias ilegais (é a modernidade, a tecnologia, a compulsão da juventude). Será que ele julga correto que se viole contas bancárias, se calunie pela internet ou se propague a pedofilia?
Se tantos praticam um crime, a solução seria mudar a lei para que tudo (matar, roubar) seja permitido?

Gil repete como ladainha essa concepção de mundo. Autor profissional não cai nessa, mas alguns autores jovens se convertem a essa religião suicida. Universitários e professores desavisados passam a defender tal anarquia .Quem defende a barbárie não é moderno nem revolucionário.

Quem está a favor dos direitos não é conservador: é civilizado. Autores, artistas e músicos brasileiros: protejam-se do ministro bárbaro, exterminador de criadores.
Lembrem-se da lição de Cacilda Becker: "não me peçam de graça a única coisa que tenho para vender".


FERNANDO BRANT, compositor.

DIREITO AUTORAL EM RÁDIOS PELA INTERNET

Li um artigo do jornalista Shaun Assael sob o título: Online on the edge, que quer dizer na linha e na margem, que se dedicou a expressar o desespero de um americano em produzir sua própria estação de rádio do porão da casa dele para o mundo e o sufoco que foi para pagar os direitos autorais.
Os direitos autorais são tão levados a sério, que algumas informações devem ser repassadas as pessoas que tem interesse no assunto.
Atualmente, nos Estados Unidos o crescimento de ouvintes de rádios pela Net tem crescido, são cerca de 55 milhões de ouvintes que estão na Internet radio, comumente no horário de trabalho (das 9 às 5 h).
Para se ter uma Netradio é necessário um espaço comprado em um servidor de um slot para cada computador. O preço do aluguel de um simples slot vai de 50 centavos de dólar a $ 3,75 por computador ao mês. Pense em 100 ouvintes... 1000...5000...
O valor cobrado inclui o pagamento de direito autorais por exibição de cada música, que sai em torno de $0.0008 hoje, com projeção de aumento para $0.0019 em 2010, arrecadados pela SoundExchange, empresa a qual os músicos (editores) estão associados para o recolhimento dos "royalties".