segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Caso Coca-cola e o ratinho

Caso do ratinho abre as portas da fábrica. Você que conhecer a fábrica da Coca-cola?

A Coca-Cola publicou em 26 de setembro, no seu canal do YouTube um vídeo que mostra o processo de fabricação da bebida e sua trajetória ao longo dos seus 127 anos de história.

No filme “Conheça a Verdade Sobre a Coca-Cola” a marca afirma: “O segredo para se manter como a maior marca de bebidas do mundo durante todo este tempo é simples de entender: é porque levamos muito a sério a qualidade do nosso produto”.

Ao final da produção, a companhia convida consumidores para conhecerem uma de suas fábricas e disponibiliza um telefone para agendamento.

Enquanto mostra cenas das máquinas em funcionamento a narração diz: “Cada garrafa de Coca-Cola passa por um rigoroso controle de qualidade (...) os padrões de fabricação de Coca-Cola são repletos de cuidados e segurança.

Um sensor de alta precisão avalia cada garrafa fabricada.

O que estiver fora dos padrões mundiais de qualidade de Coca-Cola é descartado, eliminando as possibilidades de que uma garrafa saia de nossas fábricas sem estar em perfeitas condições”(...) “ Venha conhecer uma de nossas fábricas”.

A equipe de reportagem do site Mundo do Marketing entrou em contato pelo telefone informado para agendar uma visita. Não há opção no menu eletrônico para este agendamento, mas no atendimento com a telefonista os dados pessoais foram solicitados e fomos informados de que uma fábrica mais próxima entraria em contato dentro de no máximo cinco dias.

O prazo para a visita depende da disponibilidade de cada unidade. A iniciativa é uma resposta da marca ao caso do consumidor que alega ter encontrado uma cabeça de rato em uma garrafa de dois litros do refrigerante. O caso foi noticiado em diversos veículos de comunicação, inclusive no Mundo do Marketing, ao longo da semana do dia 13, e se espalhou nas redes sociais com a hashtag #ratocola.

Em nota, a Coca-Cola se posicionou sobre a iniciativa:

"Produzimos o vídeo para apresentar aos nossos consumidores os padrões de qualidade e segurança que utilizamos na produção das nossas bebidas. A maioria das fábricas já recebe visitas diariamente e este é um programa permanente do Sistema Coca-Cola Brasil que só deverá crescer a partir deste convite feito no vídeo".


Fonte: http://www.mundodomarketing.com.br/ultimas-noticias/28780/apos-caso-do-rato-coca-cola-abre-as-portas-de-fabricas.html

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Pra quem gosta de Propaganda (2)


Nascimento do Garoto Bombril em 1978 pela DPZ

O ano de 1978 representou uma nova fase na comunicação da Bombril e um marco na publicidade brasileira.

Foi o ano que os criativos Francesc Petit e Washington Olivetto, então na DPZ, introduziram na propaganda uma figura que incorporou as mudanças comportamentais da época: o Garoto Bombril, representado pelo ator Carlos Moreno.

Neste período, em plena fase de ditadura militar, a sociedade assistiu a uma mudança de valores na sociedade.

As mulheres começavam a valorizar mais os homens desprotegidos e tímidos, em detrimento do estereótipo machão e atlético.

O personagem ganhou de imediato a simpatia das donas de casa, e o Garoto Bombril deu maior ênfase à figura do garoto-propaganda. Desde então, surgiram outros com sucesso, como o Fernandinho (US Top, da Alpargatas), o Baixinho, da Kaiser, e Sebastian, da C&A, entre outros.

Em 1986, Olivetto abriu sua própria agência, a W/GGK, atual W/Brasil, e a Bombril acompanhou a mudança.

Em 1994 a campanha foi para o Guinness Book, Livro dos Recordes, como a série de publicidade mais longa do mundo.

Já em 2000 foi lançado o livro Soy Contra Capas de Revista, coletânea comemorativa do sucesso da campanha. Em 2004, a W/ anunciou o fim do personagem.

Dois anos depois, Carlos Moreno voltou a protagonizar o garoto-propaganda.

Nestes 30 anos de história, comemorados com o recente livro Eterno? 1001 Anúncios da Bombril, o personagem contabiliza mais de 350 comerciais gravados, imitando mais de 50 figuras públicas, como Monica Lewinski e Pelé.

 

Mamíferos da Parmalat viram case de promoção

Em 1996, a Parmalat decidiu apostar na presença de crianças em seus anúncios para incrementar as vendas de leite, por meio da campanha: "Mamíferos".

Criadas pela DM9, as peças eram ilustradas por crianças de idade entre três e cinco anos que dançavam fantasiadas de animais, como focas, leões e elefantes, ao som de um jingle marcante.

Entre 1997 e 1999, a ação atingiu seu ápice com a promoção "Mamíferos Parmalat" que presenteava os consumidores com bichinhos de pelúcia.

A experiência foi tão bem-sucedida que a produção inicial de 300 mil brinquedos subiu para 15 milhões, tornando-se a maior troca de brindes já realizada no Brasil.

Entre 1992 e 2000, a marca ganhou mais visibilidade patrocinando o futebol da Sociedade Esportiva Palmeiras.

Depois disso, a multinacional passou por um turbulento período, iniciado em 2003, com um golpe financeiro milionário na matriz italiana. O endividamento da Parmalat foi estimado em 14 bilhões.

No Brasil, a empresa passou por recuperação judicial que terminou em maio de 2006, quando os credores da companhia aprovaram o plano e a dívida foi reduzida de R$ 970 milhões para R$ 270 milhões. Com a aprovação, o fundo Latin American Equity Partners (LAEP) fez um aporte de capital de R$ 20 milhões e assumiu o controle, com 98,5% das ações.

Na mesma operação, a Perdigão adquiriu a participação de 51% que a Parmalat tinha na Batávia.

Mesmo assim, a campanha "Mamíferos" ficou no subconsciente do consumidor e, em 2007, retornou à mídia, em campanha assinada pela agência África, para mostrar que seus mamíferos cresceram.

A nova produção resgatou os mesmo atores da primeira versão - já na faixa dos 15 anos - tentando vestir, sem sucesso, os antigos figurinos.

E aí, você lembra?

domingo, 15 de setembro de 2013

Pra quem gosta de Propaganda - Rock in RIO e cigarros...

Hoje, apresento aos estudantes e amigos, uma seleção dos principais momentos da propaganda no nosso Brasil. Vale muito repensar esta trajetória.


O banimento do cigarro na publicidade.
A proibição da publicidade de cigarros em TVs, rádios, outdoors e internet foi definida por legislação em dezembro de 2000, época em que o atual governador de São Paulo, José Serra (PSDB), era ministro da Saúde e defensor da medida.

A lei proibiu ainda ações de merchandising e patrocínio de eventos.
Esta última restrição entrou em vigor em 2003. O prazo foi concedido para adaptação das empresas às normas, como ocorreu na etapa brasileira da Fórmula 1. Atualmente, a Philips Morris exibe seu logo no carro de corrida e macacão da Ferrari em apenas quatro dos 17 países onde são disputadas as provas.
Até 1999, a indústria mundial do segmento investia 6% do lucro bruto em publicidade, o dobro do praticado por outros setores. Nas décadas anteriores, o uso do cigarro estava aliado à sensualidade, à virilidade e até à saúde, com o uso de esportistas como garoto-propaganda.
Nos anos 80, a publicidade passou a destacar o baixo teor de tabaco, como a da marca Free. Até que os fabricantes passaram a ser obrigados a estampar na embalagem dos produtos fotos das doenças e perigos do fumo, a partir de 2001.
A proibição da publicidade de cigarros criou precedente para que outros setores em especial o de bebidas se tornassem alvo de restrições à sua comunicação comercial tanto por parte do Executivo federal como do Legislativo.
O Conar (conselho de regulamentação das práticas de propaganda) tem reagido a esse movimento.
 Uma das principais medidas foi a criação da nova auto-regulamentação para a publicidade de bebidas alcoólicas, que entrou em vigor em 2003, criando regras mais rígidas.
No entanto, o embate continua. Em 2007, o governo federal criou a Política Nacional sobre o Álcool, para coibir abusos. E naquele ano o Ministério da Saúde pode enviar projeto de lei ao Congresso Nacional para restringir publicidade de bebidas alcoólicas.
 
E aí ? Meu leitor amigo...


Rock in Rio inaugura era dos grandes festivais
Um simples briefing da Brahma de 1984, que queria lançar uma nova cerveja no mercado, foi a fagulha para a criação do maior festival de rock do mundo até então.

Naquela época, o único paralelo que havia era Woodstock, o famoso festival hippie dos anos 60, tempo em que a palavra patrocínio ainda era desconhecida do grande público.

O Rock in Rio, ocorrido em janeiro de 1985, nasceu com a proposta de ser uma plataforma de comunicação para seu patrocinador.

Roberto Medina, fundador e presidente da Artplan, acreditava em um exponencial retorno para a marca ao apresentar os dez dias de shows com as maiores estrelas da música pop mundial, que trariam média de 200 mil pessoas por dia.
Foram mais de 30 atrações, das quais metade era internacional, e não havia no Brasil a tradição de sediar grandes turnês.

A cerveja em questão, Malt 90 (patrocinadora ao evento) não existe mais, porém viveu intensamente enquanto esteve associada ao Rock in Rio, tendo permanecido nas gôndolas até início dos anos 90.

Apesar de só repetido no Brasil em 1991, com patrocínio da Coca-Cola, e em 2001, com a America Online, o Rock in Rio inaugurou uma era de grandes eventos e deu um sentido mais profissional ao conceito de marketing de entretenimento além de lançar a música como plataforma de comunicação de grandes marcas, conceito hoje tão comum.

Em 2004, o evento voltou à cena, quando Medina conseguiu, às vésperas da Eurocopa, realizar o Rock in Rio Lisboa, com patrocinadores como o banco BCP Millenium e a Vodaphone.

Naquele ano, Portugal recebeu a terceira edição e Madrid, a sua primeira.

Na Espanha, todas as cotas de patrocínio foram vendidas antes mesmo do anúncio de qualquer banda. "Yo voy" é o tema da campanha elaborada pela Artplan, inspirada no bordão criado em 1985 (Eu vou).

E este ano? Você vai?

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Por que tantos homens incompetentes se tornam líderes?


Por que tantos homens incompetentes se tornam líderes?
Há três explicações populares para a baixa representação das mulheres na gestão da empresas:

(1) Não são capazes;
(2) Não estão interessadas​​;
(3) Elas estão interessadas ​​e são capazes, mas não conseguem quebrar uma barreira invisível na carreira, com base em estereótipos preconceituosos, que as impedem ao acesso aos postos de poder.

Conservadores e chauvinistas tendem a endossar a primeira opção, liberais e feministas preferem a terceira, e os em algum lugar são atraídos para a segunda. Mas e se todos esses perdessem estas opiniões?

Em minha opinião, a principal razão é a nossa incapacidade de discernir entre: confiança e competência. Ou seja, porque as pessoas em geral, interpretam mal as demonstrações de confiança como um sinal de competência.

Elas são enganadas em acreditar que os homens são melhores líderes do que as mulheres.

Em outras palavras, quando se trata de liderança, a única vantagem que os homens têm sobre as mulheres (por exemplo, da Argentina a Noruega ou dos Estados Unidos ao Japão) é o fato de que as manifestações de arrogância - muitas vezes mascarados como carisma ou charme - são comumente confundidos com potencial de liderança.

E ocorrem com muito mais frequência em homens que em mulheres.

Isto é consistente com a constatação de que grupos sem líderes têm uma tendência natural para eleger indivíduos egocêntrico, narcisistas e confiantes.
Estas características de personalidade não são igualmente comuns entre homens e mulheres.

Segundo, Freud o processo psicológico da liderança ocorre porque em um grupo de pessoas - os seguidores - substituíam suas próprias tendências narcisistas com o líder, de tal forma que o seu amor para o líder é uma forma disfarçada de amor-próprio ou um substituto para a sua incapacidade de amar a si próprio.
"Narcisismo de outra pessoa", explica o pai da Psicologia.

A verdade é que praticamente em qualquer lugar do mundo, os homens tendem a pensar que são muito mais inteligentes que as mulheres.
No entanto, a arrogância e o excesso de confiança são inversamente proporcionais ao talento de liderança em se tratando da capacidade de construir e manter equipes de alto desempenho, e inspirar seguidores a fim de trabalhar para o interesse comum de um grupo.

De fato, seja nos esportes, política ou negócios, os melhores líderes são geralmente humildes - por natureza ou por criação.

A humildade é uma característica muito mais comum em mulheres do que homens.
Por exemplo, as mulheres superam os homens em inteligência emocional, que é um forte condutor de comportamentos.

Além disso, uma análise quantitativa das diferenças de gênero, no item personalidade (envolvendo mais de 23.000 participantes em 26 culturas) indicou que as mulheres são mais sensíveis, atenciosas e humildes que os homens.

Uma visão ainda mais clara emerge quando se examina o lado escuro da personalidade.
Por exemplo, os dados normativos, que incluem milhares de gerentes de todos os setores da indústria (em 40 países), mostram que os homens são consistentemente mais arrogantes, manipuladores e propensos ao risco que as mulheres.

Um paradoxo.

Em outras palavras, o que é preciso para começar o trabalho não é ser apenas diferente, mas também o inverso. E como resultado, muitas pessoas incompetentes são promovidos a cargos de direção em detrimentos dos mais competentes.

Sem surpresa, a imagem mítica de um "líder" personifica muita das características comumente encontradas nos transtornos de personalidade, tais como narcisismo (Steve Jobs ou Vladimir Putin, são exemplos conhecidos), psicopatia (escolha um déspota favorito como Hitler, Stalin, Sadam,...), e maquiavélico (fácil de encontrar em qualquer governante).
O triste não é que essas figuras míticas não são representativas da média das gerências, mas que, o profissional vai errar em ter justamente essas características.

Na verdade, a maioria dos líderes falha.
Esse tem sido sempre o caso: a maioria das nações, empresas, sociedades e organizações são mal administradas.

Uma boa liderança sempre foi a exceção e não a regra.
A maioria dos traços de caráter, que são verdadeiramente vantajosos para uma liderança eficaz é encontrada predominantemente em pessoas que, deixam de impressionar aos outros sobre o seu talento para a gestão. Isto é especialmente verdadeiro com as mulheres.

Hoje há evidência científica convincente de que as mulheres são mais propensas a adotar estratégias de liderança mais eficazes que os homens.
Em uma ampla revisão de estudos, Alice Eagly e seus colegas mostraram que os gerentes do sexo feminino são mais susceptíveis ao respeito e orgulho de seus seguidores.

Comunicam a sua visão de forma eficaz, capazes de orientar os subordinados.
Elas têm uma abordagem de solução de problemas de forma mais flexível e criativa, bem como sabem premiar seus subordinados diretos.

Diferentemente, os gerentes do sexo masculino são estatisticamente menos lógicos em se relacionar ou interagir com seus subordinados.
Eles são relativamente mais inaptos em recompensar os subordinados pelo desempenho real.

Em suma, não há como negar que a trajetória das mulheres as posições de liderança está pavimentado com muitas barreiras, incluindo um teto de vidro muito grosso.
Mas um problema muito maior é a falta de obstáculos de carreira para os homens incompetentes.

Este texto (Why Do So Many Incompetent Men Become Leaders? De Tomas Chamorro-Premuzic) é uma tradução livre de Sérgio Duarte.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

O Rádio e o processo de segmentação


Na tentativa de superar as transmissões nacionais via-satélite da TV, somente em 1990, a rede Bandeirantes de rádio se tornou a primeira emissora no Brasil a transmitir via satélite com 70 emissoras FM e 60 em AM, em mais de 80 regiões do país.

Mas, tudo se complicou, um pouco antes, no meado dos anos 80, que foram marcados pelas redes de rádio dos principais grupos de comunicação no país, que enviam seus programas, vinhetas, comerciais pelos Correios. Era coisa de amador...

A programação não era em tempo real e devido à crise do país, com a inflação monumental de 1984 (3.000% ano, que viveu esta época sabe do sufoco) a operação via rede ficou cara e sem resultados práticos.

Os seguintes fatores marcaram este processo das rádios neste período:

- uma ideia de divulgação dos programas das emissoras transmissores, independente do regionalismo das afiliadas, esquecendo-se do princípio do radio que é a sua característica local;

- barateamento dos custos operacionais das emissoras retransmissores, ocasionando na diminuição do corpo funcional, ou seja, desemprego nos pequenos mercados;

- uma tentativa de uma marca nacional para as emissoras do eixo Rio e São Paulo, e o que é pior: perda da identidade local na interação com os ouvintes.

Notadamente, o rádio mesmo sendo um meio de comunicação de massa, ele vem sofrendo a partir dos anos 1980 uma forma de rádio-morfose em seus formatos de programação através do processo de segmentação e diferenciação.

Smith (1957) em seu clássico artigo : Product Differentiation and Market Segmentation as Alternative Marketing Strategies deu início aos estudos acadêmicos sobre a segmentação de mercado e a diferenciação.

Por que as emissoras adotaram a segmentação de mercado? 

Semana que vem tem mais...