Nascimento do Garoto
Bombril em 1978 pela DPZ
O
ano de 1978 representou uma nova fase na comunicação da Bombril e um marco na
publicidade brasileira.
Foi
o ano que os criativos Francesc Petit e Washington Olivetto, então na DPZ,
introduziram na propaganda uma figura que incorporou as mudanças comportamentais
da época: o Garoto Bombril, representado pelo ator Carlos Moreno.
Neste
período, em plena fase de ditadura militar, a sociedade assistiu a uma mudança
de valores na sociedade.
As
mulheres começavam a valorizar mais os homens desprotegidos e tímidos, em
detrimento do estereótipo machão e atlético.
O
personagem ganhou de imediato a simpatia das donas de casa, e o Garoto Bombril
deu maior ênfase à figura do garoto-propaganda. Desde então, surgiram outros
com sucesso, como o Fernandinho (US Top, da Alpargatas), o Baixinho, da Kaiser,
e Sebastian, da C&A, entre outros.
Em
1986, Olivetto abriu sua própria agência, a W/GGK, atual W/Brasil, e a Bombril
acompanhou a mudança.
Em
1994 a campanha foi para o Guinness Book, Livro dos Recordes, como a série de
publicidade mais longa do mundo.
Já
em 2000 foi lançado o livro Soy Contra Capas de Revista, coletânea comemorativa
do sucesso da campanha. Em 2004, a W/ anunciou o fim do personagem.
Dois
anos depois, Carlos Moreno voltou a protagonizar o garoto-propaganda.
Nestes
30 anos de história, comemorados com o recente livro Eterno? 1001 Anúncios da
Bombril, o personagem contabiliza mais de 350 comerciais gravados, imitando
mais de 50 figuras públicas, como Monica Lewinski e Pelé.
Mamíferos da Parmalat
viram case de promoção
Em
1996, a Parmalat decidiu apostar na presença de crianças em seus anúncios para
incrementar as vendas de leite, por meio da campanha: "Mamíferos".
Criadas
pela DM9, as peças eram ilustradas por crianças de idade entre três e cinco anos
que dançavam fantasiadas de animais, como focas, leões e elefantes, ao som de
um jingle marcante.
Entre
1997 e 1999, a ação atingiu seu ápice com a promoção "Mamíferos
Parmalat" que presenteava os consumidores com bichinhos de pelúcia.
A
experiência foi tão bem-sucedida que a produção inicial de 300 mil brinquedos
subiu para 15 milhões, tornando-se a maior troca de brindes já realizada no
Brasil.
Entre
1992 e 2000, a marca ganhou mais visibilidade patrocinando o futebol da
Sociedade Esportiva Palmeiras.
Depois
disso, a multinacional passou por um turbulento período, iniciado em 2003, com
um golpe financeiro milionário na matriz italiana. O endividamento da Parmalat
foi estimado em 14 bilhões.
No
Brasil, a empresa passou por recuperação judicial que terminou em maio de 2006,
quando os credores da companhia aprovaram o plano e a dívida foi reduzida de R$
970 milhões para R$ 270 milhões. Com a aprovação, o fundo Latin American Equity Partners (LAEP) fez um aporte de capital de
R$ 20 milhões e assumiu o controle, com 98,5% das ações.
Na
mesma operação, a Perdigão adquiriu a participação de 51% que a Parmalat tinha
na Batávia.
Mesmo
assim, a campanha "Mamíferos" ficou no subconsciente do consumidor e,
em 2007, retornou à mídia, em campanha assinada pela agência África, para
mostrar que seus mamíferos cresceram.
A
nova produção resgatou os mesmo atores da primeira versão - já na faixa dos 15
anos - tentando vestir, sem sucesso, os antigos figurinos.