quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Bruna Marquezine foi alvo de uma decisão do Conar

O Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária proíbe que empresas de bebidas alcoólicas utilizem garotos-propaganda que pareçam ter menos de 25 anos

O Instagram de Bruna Marquezine foi alvo de uma decisão do Conar pela segunda vez em menos de um ano. Em outubro passado, o conselho de regulação da publicidade recomendou que Bruna retirasse uma foto de divulgação de uma cerveja.



Na semana passada, o Conar pediu que a atriz fizesse alterações em duas postagens na rede social.

Segundo o órgão, a atriz postou duas fotos, uma para Fiat e outra para a Eudora (produtos de beleza), sem deixar claro que tratava-se de uma peça publicitária.


Acionada pelo conselho, a atriz se comprometeu a incluir a hastag #publi nos dois anúncios.

sábado, 23 de setembro de 2017

A criação do Conar - Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária

 A criação do Conar - Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária



No ano de 1978, em pleno cenário político da ditadura militar brasileira, o presidente Ernesto Geisel promovia a ideia de criar um departamento para o controle da publicidade, sob o argumento de que este serviria para combater as distorções veiculadas nas propagandas.

Na tentativa de livrar o setor da censura, alguns publicitários  liderados por Mauro Salles, Caio Domingues, Luiz Celso de Piratininga e Geraldo Alonso (na foto), redigiram o Código Brasileiro de Auto-Regulamentação Publicitária.

A função do Código era estabelecer as normas éticas do próprio mercado, zelando pela liberdade de expressão e de concorrência entre criativos, agências, anunciantes e consumidores, e mostrar ao governo que a profissão tinha capacidade de se autorregulamentar.

Apoiado por todas as frentes envolvidas no assunto, o Código logo passou a vigorar entre os profissionais do mercado.

Para fazer com que ele, entretanto, fosse regulamentado e cumprido, em 1980 surgiu o Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária, o Conar, iniciativa pioneira que serve até hoje como referência para outros países, que criaram entidades similares.

Desse período em diante, já coube ao órgão a avaliação do conteúdo ético de mais de 5 mil peças publicitárias, assim como a determinação da suspensão ou não de alguma veiculações.

A tarefa do Conselho de Ética do Conar é julgar as reclamações a respeito de propagandas consideradas ofensivas, apelativas ou que atentem contra a lealdade aos consumidores e ao mercado concorrente.

Você acredita que o Conar é um órgão forte nos dias atuais?

Constituição de 1988 ratifica a liberdade de imprensa no País


A Constituição Federal de 1988 é considerada decisiva pela indústria brasileira de comunicação, por ter apagado os rastros do regime militar e estabelecido os princípios democráticos no País.

Após a volta das eleições diretas para presidente da República, as principais entidades do setor - ANJ, Abert e Aner - estão em permanente vigilância contra ações que ameacem a atividade dos profissionais de imprensa.

Na prática, o processo foi iniciado em 15 de janeiro de 1985, quando o Colégio Eleitoral elegeu o então deputado Tancredo Neves, que concorrera com Paulo Maluf, como novo presidente da República. O parlamentar, contudo, não chegou a assumir o cargo por problemas de saúde, tendo logo falecido. Assumiu, então, o vice-presidente José Sarney.

Nesse mesmo ano, foram eleitos os deputados e senadores que formaram a Assembleia Constituinte, responsável por escrever a nova Carta Magna, que teve o então deputado federal Artur da Távola como principal articulador.

Além da liberdade de expressão, a Constituição de 1988 também abriu caminho para o ingresso de 30% de capital estrangeiro em empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de som e imagens, uma antiga reivindicação do setor que se materializou em 2001.

O artigo 222 da nossa constituição autorizou que pelo menos 70% do capital total e do capital votante dessas empresas permaneçam direta ou indiretamente, a brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, que exerçam obrigatoriamente a gestão das atividades e estabeleçam o conteúdo da programação.

A Carta Magna também deu vez e voz ao consumidor, com o estabelecimento de normas para defendê-lo.

Foi, assim, por meio da Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990, que se materializou o Código de Defesa do Consumidor.



sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Momentos da Propaganda – Cigarros e Rock in Rio

Momentos da Propaganda – Cigarros e Rock in Rio


O banimento do cigarro na publicidade.

A proibição da publicidade de cigarros em TVs, rádios, outdoors e internet foi definida por legislação em dezembro de 2000, época em que o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), era ministro da Saúde e defensor da medida.

A lei proibiu ainda ações de merchandising e patrocínio de eventos.

Esta última restrição entrou em vigor em 2003. O prazo foi concedido para adaptação das empresas às normas, como ocorreu na etapa brasileira da Fórmula 1. A Philips Morris exibia seu logo no carro de corrida e macacão da Ferrari em apenas quatro dos 17 países onde são disputadas as provas.


Até 1999, a indústria mundial do segmento investia 6% do lucro bruto em publicidade, o dobro do praticado por outros setores. 

Nas décadas anteriores, o uso do cigarro estava aliado à sensualidade, à virilidade e até à saúde, com o uso de esportistas como garoto-propaganda.
Nos anos 80, a publicidade passou a destacar o baixo teor de tabaco, como a da marca Free. Até que os fabricantes passaram a ser obrigados a estampar na embalagem dos produtos fotos das doenças e perigos do fumo, a partir de 2001.

A proibição da publicidade de cigarros criou precedente para que outros setores em especial o de bebidas se tornassem alvo de restrições à sua comunicação comercial tanto por parte do Executivo federal como do Legislativo.

Uma das principais medidas foi a criação da nova auto-regulamentação para a publicidade de bebidas alcoólicas, que entrou em vigor em 2003, criando regras mais rígidas.




Com foi o primeiro Rock in Rio inaugura era dos grandes festivais

Um simples briefing da Brahma de 1984, que queria lançar uma nova cerveja no mercado, foi a fagulha para a criação do maior festival de rock do mundo até então.

Naquela época, o único paralelo que havia era Woodstock, o famoso festival hippie dos anos 60, tempo em que a palavra patrocínio ainda era desconhecida do grande público.

O Rock in Rio, ocorrido em janeiro de 1985, nasceu com a proposta de ser uma plataforma de comunicação para seu patrocinador.

Roberto Medina, fundador e presidente da Artplan, acreditava em um exponencial retorno para a marca ao apresentar os dez dias de shows com as maiores estrelas da música pop mundial, que trariam média de 200 mil pessoas por dia.

Foram mais de 30 atrações, das quais metade era internacional, e não havia no Brasil a tradição de sediar grandes turnês.

A cerveja em questão, Malt 90 (patrocinadora ao evento) não existe mais, porém viveu intensamente enquanto esteve associada ao Rock in Rio, tendo permanecido nas gôndolas até início dos anos 90.


Apesar de só repetido no Brasil em 1991, com patrocínio da Coca-Cola, e em 2001, com a America Online, o Rock in Rio inaugurou uma era de grandes eventos e deu um sentido mais profissional ao conceito de marketing de entretenimento além de lançar a música como plataforma de comunicação de grandes marcas, conceito hoje tão comum.

Em 2004, o evento voltou à cena, quando Medina conseguiu, às vésperas da Eurocopa, realizar o Rock in Rio Lisboa, com patrocinadores como o banco BCP Millenium e a Vodaphone.

Naquele ano, Portugal recebeu a terceira edição e Madrid, a sua primeira.

Na Espanha, todas as cotas de patrocínio foram vendidas antes mesmo do anúncio de qualquer banda. "Yo voy" é o tema da campanha elaborada pela Artplan, inspirada no bordão criado em 1985: - Eu vou. 

E este ano? Você vai?