Cinco dos maiores erros de Steve Jobs
De Peter Sims com tradução livre de Sérgio
Duarte
É um grande
desserviço a todos, especialmente aos jovens, que as histórias que muitas vezes
ouvimos sobre os empresários mais bem-sucedidos pareçam tão fáceis.
A verdade é
exatamente o oposto, mesmo para histórias visionários criativos de sucesso como
Mark Zuckerberg, Jack Dorsey, Howard
Schultz, Wendy Kopp, e até mesmo os trabalhos do lendário Steve Jobs.
Como em qualquer
processo criativo, qualquer empresário que queira inventar, inovar ou criar
deve estar disposto a ser imperfeito e cometer erros, a fim de aprender o que
funciona e o que não funciona.
Foram longos
anos para Dorsey na experimentação do que finalmente se tornou o Twitter.
Com um
orçamento bem apertado logo depois de se formar na faculdade, Wendy Kopp
começou o Teach for America, inicialmente como uma conferência.
E, Howard
Schultz, enquanto teve a clarividência de reconhecer que os americanos
precisavam de uma experiência com o jeito de tomar café como o europeu, falhou
em sua primeira tentativa.
Como escrito
em meu livro: Little Bets (Apostas Pequenas), quando ele abriu a Starbuck em
Seattle, em 1986 houve música do tipo ópera nas lojas sem parar de tocar, menus
em italiano, e não havia cadeiras.
Como o
próprio Schultz reconhece, ele e seus colegas cometeram "uma série de
erros" para descobrir o que se tornaria o Starbucks que conhecemos hoje.
Apesar do que
pode ter lido até agora, com Steve Jobs não foi diferente.
Aqui estão os
cinco maiores erros de Jobs.
Todos que a
história mostra que ele finalmente aprendeu com seus próprios erros.
1. A contratação de John Sculley como
CEO da Apple.
Sentindo que precisava
de um parceiro experiente na área operacional e de marketing, na época com 29 anos de idade, Jobs atraiu Sculley (na Pepsi) para a Apple com a seguinte
pergunta: "Você quer vender água com açúcar para o resto de sua vida ou
você quer vir comigo e mudar o mundo?
"Sculley,
mordeu a isca e em dois anos, tinha organizado uma campanha na Apple para demitir
o próprio Steve Jobs...”
Certamente a
contratação de Sculley foi um grande erro.
2. Acreditando que a Pixar seria uma
empresa de hardware grande.
Quando Jobs
foi o comprador no último lance 1986, quando George Lucas teve que vender a
Pixar (por US $ 10 milhões), ele nunca esperaria que a companhia daria dinheiro
com filmes de animação.
Em vez disso,
o historiador David Price descreveu em seu excelente livro O Toque da Pixar, que
Jobs acreditava que a Pixar ia ser a próxima grande empresa de hardware e não
de filmes.
Nem mesmo um
visionário como Steve Jobs poderia prever o que se aconteceria na Pixar.
Houve grande
crédito, quando ele apoiou fundadores Ed Catmull e John Lasseter a prosseguir no sonho de produzir um longa-metragem
de animação digital. Jobs a capacidade de ambos fazerem apostas em filmes
curtos, a fim de aprender como, para em um momento oportuno produzir um filme
longa-metragem como Toy Story.
3. Não sabendo o mercado certo para o
computador NeXT.
Embora Jobs tentasse
girar a tela do computador NeXT como um sucesso definitivo, quando os ativos
foram vendidos para a Apple, em 1996, por US $ 429 milhões, poucos no Vale do
Silício concordaram.
A empresa
lutava desde o início para encontrar os mercados certos para clientes certos.
Se você ainda
não viu o vídeo sobre trabalhos que descrevem a visão de clientes que vem, você
deve vê-lo no YouTube. Nele Jobs estava confuso.
No You Tube,
ele dizia: "Nós tivemos, historicamente, um momento muito difícil como foi
para descobrir exatamente quem é o nosso cliente, e eu gostaria de mostrar o porquê."
4. O lançamento de numerosos produtos
errados (O Apple Lisa; Macintosh TV; A Apple III; O PowerMac G4 Cube).
Steve Jobs
foi brilhante sobre o entendimento acerca de como os vetores de tecnologia
foram evoluindo, mas mesmo assim, ele errou regiamente, e muitas vezes.
A lição que
eu levo destes produtos extintos é que as pessoas vão esquecer tão cedo que
você estava errado em apostas menores, desde que você faça grandes apostas de forma
eminente (no caso de Jobs como: iPod, iPhone, iPad, etc ).
O próprio Jobs
foi sozinho, considerado um grupo de pesquisa de mercado dentro da Apple, que
trazia consigo um grande risco...
Todavia, deve-se
notar que a sua média de acertos era melhor ao longo do tempo (o que não é
nenhuma surpresa para aqueles que estudam os benefícios do desenvolvimento de
fortes músculos criativos quando se faz a prática de um exercício físico, por
exemplo).
5. Tentou vender Pixar numerosas vezes.
Ao final de
1980, depois de possuir a Pixar por quatro ou cinco anos, Jobs tentou em várias
ocasiões vender a empresa, apenas para pagar o seu investimento de cerca de US
$ 50 milhões.
Ele comprou a
Pixar através de vários parceiros estratégicos e empresas. Mas não houve nenhum
comprador em potencial. Ele eventualmente projetava a venda da Pixar à Disney
por US $ 7,4 bilhões em 2006.
A lição, ao
que parece, é bastante simples: Até mesmo os visionários de grandes negócios e
personalidades do nosso tempo, muitas vezes falham e tem contratempos.
A imperfeição
é parte de qualquer processo criativo e de vida, mas por alguma razão vivemos
em uma cultura que se tem um medo paralisante do fracasso, o que impede a ação
e busca da perfeição, ou seja, do aprimoramento.
Isto nos leva
a um único estado que incapacita a mente, na tentativa de ser mais criativo,
inventivo ou realizador.
O antídoto é
tentar uma pequena experiência, uma onde qualquer perda potencial é entendida e
que se possa pagar por ela.
Em suma, a revolução
nos negócios será pela capacidade de improvisação.
Peter Sims é um escritor de gestão e
empresário. Ele é o autor de apostas pequenos: “Como idéias inovadoras emergem
de pequenas descobertas” e co-autor, com Bill George, de “True North: Descubra
a sua liderança autêntica”.