segunda-feira, 24 de novembro de 2014

As melhores práticas para o uso de Banners

As melhores práticas para o uso de Banners

Por: Jeffrey Graham
Tradução livre de Sérgio Duarte

Ao analisar o impacto da marca de 32 banners, com base em 32.000 pesquisas on-line, a Click Z  encontrou cinco atributos em anúncios da Internet que orientam a percepção da marca, a intenção de compra e a capacidade de se associar uma mensagem com um produto.

E aqui estão eles:

Banner desordenado
A equipe descobriu que um número excessivo de elementos criativos em um banner reduz a sua capacidade de aumentar a consciência da marca e a taxa de lembrança.
Em outras palavras, se a marca é um objetivo, é melhor manter um banner simples.

Tamanho da logo
Os resultados sugerem que, quanto maior o logotipo em um anúncio, o mais provável que o anúncio irá enviar uma mensagem clara aos consumidores.

Tamanho do Banner
Os  banners maiores causam mais impacto nos consumidores. É ideal o uso de banner maiores quando o objetivo é causar impacto.

Frequência.
Quanto mais vezes a gente vê um anúncio, o mais provável é ter um impacto. O número ideal parece mudar de acordo com a indústria e eficácia criativa, mas os resultados parecem indicar que uma frequência de cinco impressões por alvo é o mais eficiente.



Aparição da “cara” das pessoas
Curiosamente, os rostos das pessoas indicam pelas pesquisas, que um rosto em um banner aumentou o interesse das pessoas por um produto.
Embora o tamanho da amostra (de banners) é muito pequeno, este resultado é consistente com alguns estudos anteriores em publicidade offline, por exemplo.


Nota: No Brasil sabemos que a presença de crianças, animais, bichinhos e afins são muito eficientes na propaganda de massa

Ficou curioso com a ideia acima? Veja o exemplo exemplo do Seth Godin clicando aqui> http://www.sethgodin.com/sg/

domingo, 9 de novembro de 2014

O que é a Voz do Consumidor?

O que é a Voz do Consumidor?

Em um momento que a conectividade faz com que as empresas fiquem 7/24, ou seja, sete dias com 24 horas, interagindo com as pessoas na World Wide Web é importante ouvir a sabedoria disponível pela Voz do cliente ou “Voice of the customer” (VOC). 



VOC é uma terminologia usada na área de  negócios e tecnologia da informação para descrever em profundidade o  processo de captar expectativas, preferências e aversões de um cliente.

De maneira específica, a VOC é uma técnica de pesquisa de mercado que produz um conjunto detalhado do que um grupo de consumidores quer e precisa, organizando-se em uma estrutura hierárquica.

Assim, há prioridade acerca da importância relativa e satisfação com as alternativas atuais de consumo.

Esta técnica consistem de duas etapas: uma pesquisa qualitativa e outra quantitativa.

O VOC pode ser usado no lançamento de um produto, com também no processo ou iniciativa de design (desenho) de um serviço, e tem a finalidade de compreender os desejos e necessidades do cliente,

É um elemento de decisão na definição de um produto ou do desdobramento da análise de qualidade ou de especificações detalhadas de um projeto.

É importante lembrar, que existem outras formas de reunir informações sobre o consumidor como em pesquisas de grupo de foco (focus group), entrevistas individuais, pesquisa contextual, técnicas etnográficas, entre outras.


As métricas da técnica VOC são: 

      -     a credibilidade (com base no histórico de um empresa e produto);

-          a confiabilidade (com a aplicação do ciclo de vida do cliente e os múltiplos canais); a precisão (questionando-se a representatividade da base de clientes, onde se oberva uma margem aceitável de erro e os tamanho de amostra, se são realísticos);

-        a capacidade de ação (levar os clients a se tornar fiéis e a continuar comprando); e a habilidade de prever o futuro (baseado na satisfação dos clientes);


Se você deseja saber mais, acesse http://www.slideshare.net/sergioduarte1 e leia o primeiro capítulo de Ernam Roman.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

E- mail Marketing como fazer

E- mail Marketing como fazer

Um dos grandes papéis do Marketing Digital é criar oportunidades de negócio para o time de vendas, ou seja, gerar Leads qualificados através do site.

Para isso, um erro que muitas empresas cometem é contar apenas com os formulários das páginas de contato ou do seu produto/serviço nessa missão.

Há excelentes oportunidades de geração de Leads qualificados através do que chamamos de “conversão indireta“, que é basicamente através da oferta de algo que seja relevante e com valor diferenciado para o potencial cliente.

Em troca, ele fornece para a empresa suas informações de contato, permitindo assim que seja engajado em campanhas de nutrição de Leads e, dependendo do seu perfil, abordado por alguém da área comercial.


5 tipos de conteúdo que funcionam para geração de Leads:

- E-books
Como ferramenta de marketing servem como isca para geração de Leads, pois funcionam muito bem para promover uma empresa como referência e tem uma ótima viralização nas mídias sociais.
É o tipo de conteúdo rico.

Os eBooks são conteúdos mais densos e completos enquanto whitepapers são mais curtos e focados em algum aspecto específico do tema.

- Whitepapers
Por outro lado, apesar de não apresentar exatamente os mesmos benefícios, é produzido com muito menos esforços e já é o suficiente para as pessoas aceitarem trocar seu contato pelo conteúdo.

Pense nos whitepapers como posts um pouco mais extensos.
Uma boa dica é construir conteúdo na linha do “as 10 coisas que você precisa saber sobre …..”.

Vale ressaltar que, caso sua empresa invista em Google Adwords e hoje só possua ofertas de conversão direta (ex. pedido de orçamento, saiba mais, etc.), 

Criar um whitepaper e direcionar parte do tráfego para lá é provavelmente é a coisa mais rápida que você pode fazer para aumentar a geração de Leads mantendo o mesmo investimento.

- Webinars
Seminário através da Web. A palavra é um neologismo da combinação entre Web + Seminar.

O Webinar tem benefícios interessantes. Pelo uso da voz (e ocasionalmente até da imagem), os webinars acabam tendo um toque mais pessoal que aproxima mais o potencial cliente da empresa com uso de apresentações em Powerpoint (que são disponibilizadas para as pessoas que assitiram online o evento).

Além disso, é muito mais rápido preparar alguns slides e falar por cima deles do que escrever todo o conteúdo de um eBook.

-Templates
Se sua empresa tem algum modelo de documento – apresentação, planilha, etc. – que esteja relacionado ao seu negócio e pode auxiliar no dia-a-dia do seu cliente, fornecê-lo para download também é uma boa oportunidade para geração de Leads.

- Ferramentas
Essa isca é mais útil (ou viável) para empresas de tecnologia, que podem criar alguma ferramenta específica e oferecê-la de forma gratuita para seus potenciais clientes.

Pode servir não só para geração de Leads, mas também para ajudar no processo de conversão e venda para uma ferramenta paga, já que ajuda o usuário passa a ter um “gostinho” de como será a experiência com o produto completo.

Observações importantes

As iscas já ajudam muito, mas para maximizar os resultados é importante lembrar de três coisas:
O primeiro é preciso transmitir segurança para o visitante, pois os dados não serão utilizados indevidamente e mostrar que o conteúdo de fato vale a pena.

O outro item que deve ser lembrado é que não basta apenas gerar os Leads. É preciso manter o relacionamento com o potencial cliente até que ele esteja pronto para compra.

Em suma, é necessário um alinhamento entre as áreas de Marketing e Vendas. Para que a equipe de Vendas perceba que os Leads sejam gerados na maior quantidade e qualidade possível, já que a equipe de Marketing precisa que os Leads não sejam traduzidos como “spams”.

Adaptado de: 
5 tipos de iscas para geração de Leads por Andre Siqueira. 
Disponível em http://resultadosdigitais.com.br/blog/5-tipos-de-iscas-para-geracao-de-leads/



quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Por que empresas precisam investir em marketing de conteúdo?

Por que empresas precisam investir em marketing de conteúdo?

A dinâmica de investimentos em marketing costuma seguir uma sequencia simples de passos.

Primeiro: hábitos de consumo de informação das pessoas são mudados por fatores culturais ou situacionais e elas passam a “adotar” novos meios de comunicação (como redes sociais, por exemplo);

Segundo: quando uma massa substancial de usuários já está trafegando intimamente por um novo meio, algumas empresas “arriscam-se” a testá-lo em seu mix de comunicação;

Terceiro: quando casos de sucesso finalmente saem dos guetos, comprovando a eficácia de um “novo” meio de comunicação; números maiores de empresas acabam se entregando a ele e ajustando todo o seu mix de marketing.

O mercado de redes sociais está nesse terceiro passo: são relativamente poucas as empresas que, hoje, não consideram como importante ter presença nas redes.

Mas essa “consciência coletiva”, por assim dizer, não significa que todas saibam exatamente porque devem investir, mas simplesmente que deixaram de questionar, ao menos publicamente, a importância desse investimento.

No entanto, quando se pergunta para muitos dos executivos porque criar e cultivar uma página no Facebook ou manter um blog corporativo com alto volume de atualização semanal, a maioria ainda não tem a resposta na ponta da língua.

E por que, então, se deve investir em conteúdo na Web?

O ROI do marketing de conteúdo é tão alto que fica difícil isolar uma única resposta.
As principais, no entanto, são já comprovadas por diversos estudos e casos de sucesso nos mais diversos mercados, servindo como uma base de argumentação praticamente inquestionável.

Hoje, a grande maioria das marcas busca se vincular a algum conceito que identifique os seus valores e as suas crenças.

A Coca-Cola, por exemplo, busca ser vista como sinônimo de “felicidade”.


Mas uma coisa é uma empresa de “autodefinir” – outra é o seu consumidor acreditar nessa definição e se identificar com ela, criando um elo emocional traduzido por aumento de ticket de consumo e fidelidade.

Conceitos de marca não são produzidos da noite para o dia: tal qual promessas, elas precisam ser comprovadas por ações.

E é aí que entra o marketing de conteúdo.

A Coca-Cola mantem uma página no Facebook com cerca de 80 milhões de fãs onde ela fala diariamente sobre “felicidade”, inspira pessoas, divulga ações como a Coca-Cola FM e assim por diante.

Centenas de milhares de usuários se identificam diariamente com a marca, curtindo, compartilhando ou comentando cada um de seus posts.

Some isso ao mix já existente de mídia em meios tradicionais e se consegue uma receita simples, complementando a propaganda com engajamento social (onde usuários comprovam entender, concordar e propagar essa definição).

Marketing de Busca

Quando se dissemina a marca por diversas redes e se produz conteúdo em alta escala, consegue-se um resultado praticamente matemático: estar mais presente nos resultados de buscas orgânicas feitas por usuários.

Quando se aparece em mais resultados no Google, consegue-se mais acessos ao site; e, com mais acessos, maiores são as chances de conversão prática, de venda.

E isso não é uma vantagem apenas para sites de e-commerce: afinal, a Web pode funcionar como ponto de tomada de decisão sem, necessariamente, ser o ponto de fechamento de negócios.

Quer um exemplo prático?

A construtora Tecnisa tem presença hoje em um blog e em redes como Facebook, Twitter, Pinterest. Google +, Youtube, FourSquare, SlideShare, FlickR e LinedIn, dentre outras.

O resultado desse volume de conteúdo em tantos locais distintos (e simultâneos) é matemático: em 2013, 40% de suas vendas foram originadas a partir da Web, incluindo mais de R$ 20 milhões a partir do Facebook.

Sinceridade vale mais do que propaganda...

A frase pode até ser considerada batida, mas ela (ainda) é muito verdadeira. Em quem, afinal, você confiaria mais? Em alguém se auto-elogiando ou em um terceiro confiável fazendo uma recomendação direta desse mesmo alguém?

Um levantamento feito pela Demand Metric ajuda a responder a essa pergunta: 90% dos usuários de Internet ouvem recomendações compartilhadas por amigos – enquanto 86% das pessoas “pulam” comerciais tradicionais de TV.

Conteúdo é a alma de uma marca
Em mercados supercompetitivos, a empatia de um usuário é fundamental na decisão de compra. ]

A não ser que se esteja falando de uma commodity, em que o elemento decisor é essencialmente preço, o conteúdo ajuda a aproximar os valores dos usuários à marca em si.

Segundo a Content Marketing Institute, 70% dos consumidores sentem-se mais próximos de empresas cujos conteúdos eles consomem.

Um outro estudo, da TMG Custom Media, detectou ainda que 78% dos usuários mostram-se mais dispostos a se engajar com empresas que fornecem a eles conteúdo útil.

Todo o marketing de conteúdo parte do princípio de que haverá usuários interessados na informação disponibilizada pela marca, seja ela inspiracional (como um post no Facebook) ou um artigo técnico de alta densidade.

Em muitos casos, as marcas se questionam por que alguém leria algo em seu site ao invés de em um sítio de um veículo especializado.

A resposta é muito simples: quando usuários buscam se aprofundar em um assunto específico, o limite da sua saciedade por informação varia de acordo com o seu interesse. 

Ou seja: ele dificilmente trocará um artigo em um veículo por um post feito por uma marca, mas acabará lendo ambos.

E mais: dependendo de como o usuário fizer a busca no Google, é possível que ele chegue antes ao conteúdo da sua marca do que no de um grande portal de conteúdo.

Para exemplificar esse tópico, segue um dado bem prático da Hubspot: empresas que blogam regularmente conseguem 55% mais visitantes em seus sites do que empresas que não blogam.

E o custo?

Em resumo, marketing de conteúdo comprovadamente gera mais empatia, comprova a promessa de uma marca e induz o seu usuário preferi-la em relação aos seus competidores.

Mas a que custo? Propaganda tradicional não seria mais barato? Não.

Segundo a Demand Metric, marketing de conteúdo custa 62% a menos que o marketing tradicional – e gera, em média, o triplo de resultados.

O momento, agora, é claramente outro: já passou da hora de questionar a eficácia de marketing de conteúdo, fazer as contas óbvias e aumentar o investimento em um modelo cujo ROI está mais do que comprovado.

Adaptado de: http://idgnow.com.br

domingo, 17 de agosto de 2014

Principais passos sugeridos para elaboração de um trabalho científico

Principais passos sugeridos para elaboração de um trabalho científico


Busque artigos, livros, revistas científicas, jornais, material eletrônico e afins.
Você pode acessar portais de universidades na procura de artigos científicos, dissertações e teses. Logo, baixe os conteúdos que se aproximam do seu tema de estudo e leia no final as referências bibliográficas (desses trabalhos), pois alguém, com certeza, já escreveu sobre o assunto (tema) de sua proposta de estudo, mesmo que seja em língua estrangeira.

Faça fichas bibliográficas, tenha o máximo de cuidado em copiar todos os dados da obra no seu computador ou mesmo em pequenas fichas de papel como fazia Umberto Eco (em seu clássico livro: Como Se Faz Uma Tese. Editora: Perspectiva, 2001)

Não leia conteúdo com mais de 10 anos, pois o Estado da Arte (ou seja, as últimas teorias sobre o assunto) pode apresentar desatualização. Tenha em mente que a Banca Avaliadora do seu trabalho é composta por estudiosos da área de estudo.

Na leitura do material escolhido
Sublinhe as partes importantes. Procure o tópico frasal de cada parágrafo, aquela frase que apresenta a ideia central do parágrafo. Marque-a. No final leia todas as marcações e note a coesão e coerência das ideias de quem escreveu o texto.

Faça cópia das partes importantes na sua leitura.
Não tenha medo de copiar trechos de outros autores. É mandatório que você cite a fonte (assim ninguém poderá dizer que há plágio de sua parte).

Dica: imediatamente ao escrever uma citação, vá direto para a seção (no final) referente as referências bibliográficas e escreva conforme manda o manual o autor (res), nome; cidade; editora, ano. Lembre-se que o avaliador sempre lê as referências e respectivas citações.

Pense no seu trabalho em termos de estrutura.
Faça uma sequencia lógica dos assuntos (quantos capítulos? Um? Vários? Quais serão?) e lembre-se que o seu texto é para a leitura de qualquer tipo de leitor (nem todo mundo sabe as entrelinhas e termos da área de seu estudo).

Seja objetivo, falando claro para todas as pessoas, sem ser erudito ou popularesco na sua linguagem. Simplifique.

Depois de esquematizada a proposta de trabalho
Com a proposta da introdução; embasamento teórico; método; conclusão, escreva  sem preocupações cada sessão. Comece e termine cada passo. Não misture as ideias.

Dica: Releia o que escreveu. Refaça as partes que não lhe agradam e as demais correções de que o texto necessitar. Peça para uma segunda pessoa ouvir sua leitura do texto. Se não soar bem aos ouvidos é porque precisa ser reescrito. Se estiver cansado, pare. Retorne ao texto depois de ter descansado ou ter ido ao lazer... Uma mente descansada faz milagres.

Escreva a conclusão.
É o resultado do assunto desenvolvido através dos capítulos. Apresentação das conclusões correspondentes aos objetivos ou hipóteses iniciais da pesquisa e da discussão provocada no desenvolvimento da monografia, se for o caso.

Faça o sumário conforme o trabalho desenvolvido.
Copie-o das partes existentes no corpo do trabalho. Cuide da numeração das páginas no sumário. Elas devem refletir o que está no trabalho. Também reveja minuciosamente as referências utilizadas e aponte a bibliografia consultada, se necessário.

Faça uma cópia impressa e em disquete ou CD.
Entregue sempre a cópia, nunca o original. É possível que um trabalho seja perdido ou que ocorra algum defeito em seu computador. No dia da defesa, se houver, leve seu original consigo.

Dica: Use a nuvem (cloud) do G-mail (Google drive) ou Hotmail (One drive) que salvam automaticamente seu trabalho sem vírus e necessidade de armazenamento no seu computador (ao menos você fica protegido...mesmo sem a formatação do Word).


Depois de receber o seu trabalho de volta, comente os erros e os acertos com no professor, se ele não fizer isto de forma natural. 
Os trabalhos exigidos e desenvolvidos devem estar a serviço de um objetivo maior que é o conhecimento e o desenvolvimento intelectual do aluno. Tenha uma atitude positiva. Ninguém agrada a todos.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

O dia em que a Terra pirou

O dia em que a Terra pirou
Por Eduardo Meditsch

Era uma noite de domingo, 30 de outubro de 1938, véspera do tradicional Dia das Bruxas nos Estados Unidos. Na noite de Halloween, o Mercury Theater on the Air da Rede CBS, transmitiu a invasão da terra por um exército marciano hostil e indestrutível, que aterrissou em New Jersey e avançou em minutos por todo o país. Era uma adaptação livre do romance A Guerra dos Mundos, do escritor inglês H.G. Wells, publicado no final do século XIX.

Às oito da noite, hora habitual do programa, a encenação começou. Às nove, o estrago estava feito: o diretor e seus atores escapavam da CBS por uma porta dos fundos. A sede da emissora era invadida por uma orda de policiais atônitos e jornalistas surpresos. O programa de rádio havia transformado os Estados Unidos num pandemônio.

Calcula-se que seis milhões de pessoas ouviram a transmissão, e uma em cada cinco não notou que se tratava de uma peça de teatro: os ouvintes acreditaram que o mundo estava de fato sendo invadido pelos marcianos. As redes telefônicas entraram em colapso,  o pânico levou milhares de pessoas às ruas, e as estradas ficaram entupidas: ocorreram acidentes em série, prejuízos incalculáveis e até tentativas de suicídio. “Em qualquer outro país eu seria preso”, afirmou mais tarde Welles: “mas nos Estados Unidos, ganhei um contrato em Hollywood”.

A arte de enganar o ouvinte

Orson Welles tinha um certo fascínio pelos mágicos, e o truque que utilizou no programa foi fazer o público esquecer que estava ouvindo radioteatro. A apresentação da estória descreve uma situação do mundo real, o roteiro segue com um boletim meteorológico e logo os ouvintes são distraídos com um espetáculo de música ao vivo. Então, começam os boletins de notícias, cada vez mais frequentes  e alarmantes, sobre a chegada das naves, o aparecimento dos monstros extraterrestres, sua agressividade e poder de fogo. Em poucos minutos,  já são milhares os seres humanos mortos por raios de calor e gases venenosos, enquanto as autoridades do governo e as forças armadas americanas se confessam impotentes para conter o ataque.

Com os recursos técnicos da época, o barulho da nave alienígena foi representado pelo desenroscar da tampa de um vidro de café solúvel, ecoando na privada do banheiro da emissora. Mas juntado ao relato dramático de um repórter e ao testemunho convincente do cientista Richard Pearson, do Observatório de Princeton – interpretado pelo próprio Welles – o ruído soa fantástico e aterrador. O público só teria chance de saber que se trata de uma brincadeira depois que as máquinas extraterrestres destroem a própria rádio. Aí, a estória ganha um final feliz, com os marcianos sendo carcomidos pelas bactérias terráqueas, quando todo a defesa humana já estava derrotada. Mas pouca gente prestou atenção até este ponto.

A ameaça da guerra real

O pânico provocado pela radiofonização de A Guerra dos Mundos rendeu vários estudos nos Estados Unidos. A tese mais famosa, do psicólogo Hadley Cantril, constatou que o alvoroço da população não foi provocado apenas pelo programa, mas já estava latente após uma década de crise econômica e com a ameaça de mais uma guerra na Europa: Hitler já havia invadido a Checoslováquia e continuava avançando.

O estudo de Cantril também demonstrou que o programa teve diferentes efeitos nos diversos meios sociais. Em geral, o engano foi maior entre as pessoas menos escolarizadas e entre as mais crédulas, como os religiosos fundamentalistas. Muitos tentaram se informar em outras fontes sobre o que estavam ouvindo no rádio, mas o colapso das comunicações e a histeria coletiva impediram que estas tentativas resultassem.

A experiência de A Guerra dos Mundos já foi repetida em diversos países, com resultados semelhantes ou até mais graves. No Chile, em 1944, o susto provocou pelo menos um ataque cardíaco fatal. No Equador, em 1949, uma multidão enfurecida – por ter sido enganada – incendiou a rádio que transmitiu o programa, matando seis funcionários.

No Brasil, houve várias experiências inspiradas no exemplo de Orson Welles, a mais sensacional delas realizada na Rádio Difusora de São Luiz, no Maranhão, em 1971. Em plena ditadura,  a audição do programa mobilizou a Força Aérea e o Exército, e a emissora acabou invadida pelas tropas militares. A legislação brasileira de radiodifusão – como a de quase todo o mundo na atualidade – pune com rigor este tipo de uso do meio, podendo suspender a emissora e até cassar sua concessão. Para a sorte da CBS e de Orson Welles, ainda não havia este tipo de legislação nos Estados Unidos de 1938, o que os livrou de milhares de processos e pedidos de indenização.


(Diário Catarinense | Cultura | Sábado, 26 de outubro de 2013)

sábado, 12 de julho de 2014

Proposta sobre rádios digitais deve ser enviada, ainda, neste semestre ao Congresso, diz ministro.

Proposta sobre rádios digitais deve ser enviada neste semestre ao Congresso, diz ministro.

Os estudos técnicos sobre o modelo a ser adotado para as rádios digitais que ocupam a faixa AM já estão sendo finalizados, e a expectativa do governo federal é a de encaminhar a proposta ao Congresso Nacional ainda no primeiro semestre deste ano.

Segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo:  “Até o final do semestre encaminharemos ao Congresso Nacional a questão das rádios AM. Não há data definida porque o sistema a ser adotado ainda não foi definido, mas já temos encaminhamentos. Há rádios AM com sinal cada vez pior. Por isso precisamos fazer essa migração”.

Segundo o ministro, a decisão pelo sistema a ser adotado levará em conta o preço que será cobrado pelos receptores, pois existe a preocupação de que o preço do modelo seja acessível, além dos aspectos técnicos e de custo.

A definição do sistema de rádio digital levará em consideração os impactos socioeconômicos e a transferência de tecnologia para a indústria brasileira.

A rádio digital tem uma qualidade de áudio superior à das rádios atuais. Sua adoção acarretará no acesso a novos serviços de dados, como a recepção de dados textuais relacionados com a emissora e a sua programação, serviços de informação do tempo e do trânsito, alertas de emergência e, dependendo da tecnologia, possibilitará a transmissão de imagens estáticas e em movimento.


quinta-feira, 19 de junho de 2014

OS OUVINTES



OS OUVINTES

“Você ouvinte, é a nossa meta, pensando em você é que procuramos fazer o melhor.”
Waldir Amaral

O primeiro mote que ouvi em uma emissora de rádio foi a clássica frase irradiada pelo saudoso Waldir Amaral: “ - Você ouvinte é a nossa meta ...”. 

Eu, bem pequeno, aos 8 anos de idade nem me imaginava trabalhando em uma rádio, mas adorava ouvir as transmissões esportivas da Rádio Globo do Rio de Janeiro (em AM 1280), cujos comunicadores esportivos com maestria projetavam as imagens de uma partida de futebol na memória coletiva. 

Era emoção pura. As frases de efeito mexiam com a gente.

Meu pai, desde os meus 6 anos de idade, me levava a todos os jogos de futebol nos domingos, independente de qual equipe estivesse jogando no Maracanã e conosco o rádio de pilha ia à tira colo. 

Futebol aos domingos era sagrado. E nas transmissões esportivas víamos o jogo com o ouvido na latinha (apelido dado aos pequenos aparelhos de rádio).

Assim, era comum ouvir as geniais frases criadas pelos locutores esportivos, com o olho no campo de futebol e ouvido no rádio de pilha, ao mesmo tempo. 

Era como se fossemos contemplar a emoção e a criatividade de quem narrava uma partida de futebol e conferir se era aquilo que se via pelo rádio. 

Os jogos de futebol pelo rádio eram muito divertidos e prazerosos. Pouco tempo depois outro mote veio a surgir: “Veja o jogo ouvindo a Rádio Globo”.

O ouvinte era a meta das emissoras de rádio, o importante era comunicar-se sem ruídos, de forma objetiva e com muita emoção nas tardes de domingo. 

E em se tratando de emoção, me lembro de que no dia do milésimo gol de Pelé, 19 de novembro de 1969, não pude ir ao estádio para assistir Vasco e Santos, pois caiu numa quarta-feira, e jogo de futebol no meio da semana era uma aposta daquela época, pois acabava tarde, e papai trabalhava, bem cedo, na manhã seguinte, o que inviabilizava mais um dia de emoção no Maracanã.

Não fomos ao jogo, mas, às 23 h 11 min com o mesmo radinho de pilha, que levávamos ao “Maraca”, ouvi a narração do milésimo gol de Pelé em uma transmissão emocionante de Waldir Amaral. E consequentemente, me senti no estádio, vendo, modestamente, o milésimo gol do rei do futebol em tempo real! Coisas da mágica do Rádio. 

Quem disse que tempo real é coisa de World Wide Web?

Outro fato semelhante? Sim. Ocorreu com menos emoção, muito tempo depois pela TV, muitos anos depois, quando Romário fez seu milésimo gol, em 20 de maio de 2007. Mas, sem a maestria do Waldir Amaral na locução. Que me desculpem os colegas da narração... 

Waldir era “one in a million”, como dizem os norte-americanos, na arte de narrar os gols de quaisquer times. Sempre criava frases como: “tem peixe na rede do time A ou B” – um dos motes que marcou as narrativas esportivas dos anos 1970. A meta era, e é, falar a língua do povo, já que o objetivo de uma emissora de rádio é sempre o seu ouvinte, mesmo que no imaginário.

Com o passar dos anos em minha adolescência, eu percebia que as emissoras de rádio buscavam entender que eram seus amantes, e com isso aumentava-me cada vez mais meu interesse em descobrir de onde vinha esta magia, desta relação íntima entre uma rádio e o seu ouvinte, descrito depois em sala de aula como o receptor das mensagens pelos teóricos da comunicação social (mais tarde quando fui estudar propaganda e publicidade na faculdade) e simultaneamente ingressar no Sistema Globo de Rádio (como estagiário aos 19 anos).

Lá, dez anos depois da narração do milésimo gol, tive a oportunidade, ou melhor: a benção de estar ao lado das grandes estrelas do rádio como Waldir Amaral, Jorge Curi, João Saldanha; Mário Viana; Edmo Zarif, Antônio Porto, Gilson Ricardo, Loureiro Neto; e outras feras como José Carlos Araújo, Washington Rodrigues, Luiz Penido... Grandes mestres que eu encontrava nos corredores da sede do SGR, que abrigava cinco emissoras (Globo, Eldorado e Mundial em AM e Eldo-pop e Globo em FM). Era interessante, vislumbrar as vozes do meu rádio de pilha aos domingos todos os dias na rotina de trabalho.

Tive o privilégio de beber de uma fonte inspiradora em atender uma audiência que se formava por um número enorme de ouvintes que se juntavam as programações esportivas, musicais e jornalísticas das emissoras do S.G.R. As emissoras tinham como meta os interessados em música, esporte e notícia.

Por ironia do destino, decidi trabalhar em uma emissora musical, em 1980,  já que como todo jovem, gostava muito de shows, eventos e música do estilo hit-parade americano. E Não procurei ingressar na área de esportes, mesmo convivendo com toda essa turma, que era muito bacana. O clima era sempre de festa entre eles. Não era a minha vocação. Mas, o legado era simples através da resposta do enigma: Quem é o ouvinte?

Hoje, muitos radialistas perdem o foco na simples resposta a esta indagação. Escuto emissoras há mais de 30 anos, e observo que alguns diretores de programação de rádio precisam refletir antes de responder a esta provocação. Fica aí o recado. Mas a lógica é simples, quando se prioritariamente observamos o silo que é uma emissora de rádio através de uma grade de programação. Leia o conceito simples de Warren (2005).

 "As programações das emissoras são desenhadas para as pessoas, e sem elas é impossível ter sucesso, receita, empregos, pesquisas", ou seja: nada se consegue sem focar nas pessoas, ou seja, os ouvintes e seu comportamento, segundo Warren (2005) em seu livro Radio – The Book, pela editora Elsevier de Londres.

Os ouvintes de rádio são a fonte. 

E independentemente, de uma rádio estar em frequencia modulada (FM) ou amplitude modulada (AM) ou streaming (pela internet). O segredo sempre será descobrir quem é o ouvinte.

Se você é radialista ou pretende ingressar nesta carreira, entenda a mensagem  clara e objetiva do Waldir Amaral:  “Você ouvinte, é a nossa meta, pensando em você é que procuramos fazer o melhor”.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

A audiência do podcasting não para de crescer.

A audiência do podcasting não para de crescer.

Podcasting é um serviço de distribuição automática de áudio, onde sempre que houver uma atualização, o arquivo de áudio será copiado automaticamente para o computador das pessoas.

Logo, com o serviço de podcasting, as pessoas podem ouvir programas de rádio preferidos, por exemplo, a qualquer hora, sem a necessidade de estarem sintonizadas no horário (exato) de uma programação por exemplo, e assim se manterem atualizadas, já que a vantagem da distribuição dos programas é feita através de uma simples assinatura, e sem ter que pagar por ela.

Diferentemente, do sistema Pay per View da TV a cabo, o podcasting pode ser ouvido de graça em qualquer computador, tablet e telefone.

Em 2013, foram 37,6 milhões de pessoas que fizeram download de podcasts mensais, mais do que o dobro (do número de 17,4 milhões) em 2008 nos Estados Unidos.

E como o percentual de usuários da Internet tem subido ao longo dos anos, a escala de assinaturas de podcasting cresceu nos últimos 5 anos de 8% para 17% na América. E no Brasil é uma tendência de uso a ser explorada devido a sua praticidade.

A Rádio Tupi para se comunicar diretamente com seus ouvintes chama o podcasting de Tupi Mais (http://www2.tupi.am/mais), para não se utilizar do estrangeirismo da palavra em uma comunicação inteligente e direta com sua audiência. Na página da emissora há podcasting inclusive de Futebol.



Uma outra vantagem de uma assinatura de podcasting é arquivar audições preferidas pelas pessoas, preservando-se a História.

As vantagens do Podcasting são expressivas...

Por exemplo, os podcasts assim como os melhores blogs, são a oportunidade de direcionar a comunicação de qualquer pessoa ou negócio para nichos de mercado, onde se podem produzir temas específicos para clientes na propaganda , como também na  educação.

Imagine, que aulas podem ser gravadas e ouvidas por MP3 em carros e Smartphones. 

Pense, na escala de aulas da língua portuguesa para estudantes de concurso público... Pense na atualização das notícias de Economia... Esportes... Atualidades... Lazer...