sábado, 29 de junho de 2013

Como escrever notícias de rádio e TV

Como escrever notícias de rádio e TV

Seguem dicas para Rádio e TV, no tocante a escrever e transmitir uma notícia. 

Lembro-me que quando comecei em setembro de 1979, não tínhamos muito conhecimento das técnicas de produção de textos nas rádios do Sistema Globo. Existia um repórter famoso, o da motoca azul e o amarelinho da Globo, que girava em busca de furos de reportagem pelo Rio de Janeiro. Estes eram renomados jornalistas, mas produtor de texto era uma coisa que não existia nas emissoras de rádio carioca... Tudo era no improviso.

A lição mais importante, na prática, que tive com alguns locutores de FM e AM que não tinham o privilégio de contar com equipe de produção (uma exclusividade, tão somente, dos comunicadores da rádio Globo), é que tínhamos que escrever textos em 6 linhas e ler em voz alta antes de colocar no ar qualquer mensagem. Se soasse bem ao ouvidos era só abrir o microfone... 

Hoje, a coisa está diferente.


Escrever para televisão, rádio ou vídeo requer um conjunto diferente de habilidades. Uma redação clara e condensada é fundamental. Afinal, um ouvinte de rádio ou telespectador não pode voltar ao texto para reler uma frase.
Para escrever melhor para TV, o produtor multimídia Jehangir Irani recomenda abrir um jornal de grande circulação, pegar qualquer notícia e tentar ler o primeiro parágrafo em voz alta.
Você provavelmente vai achar que o texto "é longo e chato", diz ele, "e vai ficar sem fôlego antes de terminá-lo."
Para ajudá-lo a aprimorar suas habilidades de redação para matérias audiovisuais, a IJNet conversou recentemente com Irani e o instrutor de mídia Estel Dillon. Aqui estão suas dicas mais importantes:
  • Escreva como você fala: Escreva em sua própria voz, em tom de conversa, como se estivesse falando para um único ouvinte. Mantenha as frases curtas. Se tem uma frase longa, que seja acompanhada por uma curta. Quando voltar e ler a narração em voz alta, parece realmente com algo que você falaria?
  • Mantenha o texto simples: Atribua uma frase para cada ideia. Seja claro e conciso, foque na história e não tente ser "inteligente" demais. Muito detalhe pode se tornar irrelevante e perder o foco da história. Evite a maioria das palavras de múltiplas sílabas, palavras que são difíceis de pronunciar, e frases longas e complicadas. "Valorize as palavras curtas", diz Dillon.
  • Forneça especificidade: Embora o objetivo seja escrever de forma clara, você também deve evitar ser geral demais. Dillon diz que jornalistas devem fornecer o contexto sobre qualquer coisa que possa causar confusão ou chocar. Ao descrever as pessoas, não ponha rótulos nelas. Diga exatamente o que fazem em vez de usar seu título oficial.
  • Conte a história em ordem lógica: Certifique-se de que o seu conteúdo tem um começo, um meio e um fim. Não esconda o lide; comunique a notícia perto do início, sem muita armação.
  • Use o tempo presente e a voz ativa: Você deve escrever de olho no fluxo da história e para expressar o que está acontecendo agora. O forte da TV e a rádio é o imediatismo. Para transmitir isso para o ouvinte, use a voz ativa sempre que possível. Tente usar a estrutura de frase com sujeito-verbo-objeto. Por exemplo: "A polícia (sujeito) prendeu (verbo) 21 ativistas (objeto) em protesto no Merlion Park, na tarde de sábado."
  • Escreva para as fotos: O público de de TV e vídeo vai ver porque algo aconteceu. Na televisão, a frase "escrever para a fita" é usada para descrever a forma como o roteiro de uma história é construído em torno das imagens visuais que você recolheu. Não escreva um texto mais longo do que necessário para a história ou as imagens.
  • Uso imagens: O público de rádio precisa imaginar as pessoas, lugares e coisas em sua reportagem. Com suas palavras, crie imagens poderosas e simples. Use verbos descritivos, em vez de adjetivos. Por exemplo, se você diz "ele desfila ou passeia", está dando uma imagem sem o uso de um adjetivo. Mas não deixe que uma redação rica de imagens vivas se transforme em um texto palavroso. Use as palavras com moderação.
  • Deixe o orador falar: Se você está apresentando um programa ou uma entrevista, seja o anfitrião. Não domine o entrevistado da história. Ao entrevistar: "Não encha de 'hummm, ahan" e não fique falando de si mesmo", diz Irani. "Você é apenas um canal cuja função é transmitir uma história/experiência/emoção do convidado para o público."

domingo, 23 de junho de 2013

Nova Pesquisa sobre Rádio 2 - IBOPE e Instituto Ipsos Sensos

Nova Pesquisa sobre Rádio 2 - IBOPE e  Instituto Ipsos Sensos


São Paulo - Tempo médio de exposição nos dials FM e AM também aumentou, atingindo 264 minutos 

O Instituto Ibope Media divulgou o resultado de uma pesquisa que aponta que a audiência das rádios FMs aumentou 14% nos últimos oito anos. Segundo o instituto, o tempo que o brasileiro gasta ouvindo rádio também teve um pequeno crescimento desde 2006. O veículo, de acordo com o Ibope, continua sendo um dos preferidos da população. 

O levantamento realizado pelo Ibope Media abrange o período de 2006 a 2013 e apontou que a audiência do FM no Brasil cresceu 14%. A pesquisa mostrou ainda que o tempo médio gasto pelo ouvinte no consumo do meio nas frequências AM e FM também aumentou. De 254 minutos dispendidos em 2006, os ouvintes passaram a gastar 264 minutos em 2013, número que representa um crescimento de 4%. 

Quando considerado exclusivamente o consumo de rádio AM, o aumento no tempo médio de audição é de 20%, com 202 minutos dispendidos em 2006 e 244 minutos em 2013. Na comparação entre os períodos, o tempo gasto exclusivamente com audição de rádio FM cresceu 8%, com 234 e 253 minutos, respectivamente. 

O Ibope Media também pesquisou o alcance médio das rádios, que mostra com mais fidelidade o número de ouvintes que a emissora alcança. Neste quesito, a rádio FM se manteve estável entre 2013 e 2006 (87,55% e 87,57% respectivamente). 

A pesquisa Easymedia teve a abrangência de nove mercados - Distrito Federal, Grande Belo Horizonte, Grande Curitiba, Grande Fortaleza, Grande Porto Alegre, Grande Recife, Grande Rio de Janeiro, Grande Salvador, Grande São Paulo. Sexo ambos - todos os dias - todos os locais. Períodos de campo: jan a mar/06 - jan a mar/13. 

No final do ano passado, o Instituto Ipsos Sensos divulgou um estudo mostrando que 74% dos entrevistados garante ouvir rádio frequentemente. De acordo com aplicações do estudo, que foi realizado em 13 mercados brasileiros, isso equivale a um contingente de mais de 37 milhões de pessoas. Outro ponto de destaque foi a difusão do meio entre todas as classes sociais. Os ouvintes de rádio no Brasil pertencentes às classes A e B representam praticamente o mesmo percentual dos ouvintes das classes C (42% o primeiro grupo e 46% o segundo grupo). 

Entre os ouvintes, as mulheres são a maioria: 52% contra 48%. Pelo corte de classe social/idade, o maior percentual de ouvintes está na faixa entre 25 e 34 anos, nas classes A ou B. Desses entrevistados, a maior parte consome rádio para passar o tempo livre, ouvir programas específicos ou simplesmente para se distrair. 

Os números mostraram também que o meio continua consumido em paralelo com outras atividades rotineiras. As pessoas ouvem rádio enquanto arrumam a casa, fazem refeições, dirigem, trabalham, etc. Apesar da difusão das plataformas móveis, a maior parte das pessoas (81%) ainda prefere ouvir rádio em suas casas. Em seguida, aparece o carro (com 15%), o local de trabalho (com 9%) e ao ar livre (com 2%). 

Nessa parte do estudo, já foi possível perceber a influência das mídias móveis. Das pessoas que ouvem música ao ar livre, 83% o fazem via celular. Parte de quem ouve música no ambiente de trabalho, também o faz pelo telefone celular (20%). 

O estudo do Ipsos Marplan também mensurou o consumo de rádio em 13 capitais brasileiras. Pelos resultados, Porto Alegre lidera o ranking (81% da população da capital do Rio Grande do Sul consome a mídia com frequência). Em seguida, aparece a Grande Recife (78%), Grande Curitiba e Grande Rio de Janeiro (ambas com 77%), Grande Belo Horizonte (75%) e Interior e Grande São Paulo (73% cada). 

Vale ressaltar a proximidade entre o porcentual entre os mercados, que é de 8%, entre a primeira colocada e a última. Porém, em números absolutos, a tendência é que a região da Grande São Paulo e interior do estado – que contam com 73% - seja a maior de todas, devido ao número de habitantes. É importante destacar que o meio rádio ainda conta com grande receptividade nas maiores regiões do país. 

Nova Pesquisa sobre Rádio - IBOPE

Em oito anos, audiência absoluta 
do rádio FM cresceu 14%

Nesta nova pesquisa há o que chamamos (ao planejar a programação diária de uma emissora) de retenção de audiência através da quantidade de minutos que o ouvinte fica com o aparelho de rádio ligado. 

Este fenômeno nos ajuda na estratégia de programação na montagem de grades e seleção do que será veiculado. 
Por exemplo, quando há uma retenção de 264 minutos, podemos constatar que são mais de 4 horas a serem exploradas sem repetição de conteúdo (musical ou de linhas editoriais).

Para que o leitor entenda a relevância deste dado estatístico. Segue a minha explicação, já que atuei como (discotecário) programador e gerentes de alguma emissoras: 

Se a sua emissora é de programação musical, geralmente em uma hora são veiculadas 12 músicas (com média de 4 min e 10 s, cada) com a inserção de 3 a 4 intervalos comerciais (com média de 3 minutos,cada).

Com base nos números do parágrafo anterior, note que serão necessárias 50 (cinquenta) músicas a serem escolhidas em seu Play-list, para que o ouvinte ouça as melhores músicas em sua grade de programação sem a sensação de repetição.

Como geralmente as emissoras veiculam músicas antigas (flash-back) e tocam músicas novas (lançamentos) os programadores selecionam 40 músicas, formando-se o famoso: Top 40.

As emissoras Top 40 são aquelas que tocam músicas populares em seus mercados (nos Estados Unidos e Brasil).

Percebendo a medida que alguns ouvintes desfazem a sintonia em 264 minutos e, possivelmente outros sintonizam antes dos referidos minutos, interpoladamente. Este formato de rádio é clássico.

Em suma, a seleção musical ou editorial é fundamental para o sucesso da emissora que usa a lógica da retenção de audiência-

Leia agora a matéria divulgada pelo IBOPE em 25/05/2013

Tempo médio de exposição às frequências AM e FM também aumentou, atingindo 264 minutos

ISTOCKPHOTO
​Em relação ao alcance, a rádio FM se manteve estável entre 2013 e 2006
Há quem goste de escutar pela manhã, outros a caminho do trabalho e tem aqueles que o tomam como companhia para o dia todo. O tempo passa e o rádio permanece um meio bastante ouvido pela população brasileira. Dados do IBOPE Media apontam que a audiência absoluta do Rádio FM cresceu 14% nos últimos oito anos.

O tempo médio gasto pelo ouvinte no consumo do meio nas frequências AM e FM também aumentou. De 254 minutos dispendidos em 2006, os ouvintes passaram a gastar 264 minutos em 2013, número que representa um crescimento de 4%.

Quando considerado exclusivamente o consumo de rádio AM, o aumento no tempo médio de audição é de 20%, com 202 minutos dispendidos em 2006 e 244 minutos em 2013. Na comparação entre os períodos, o tempo gasto exclusivamente com audição de rádio FM cresceu 8%, com 234 e 253 minutos, respectivamente.

Em relação ao alcance, a rádio FM se manteve estável entre 2013 e 2006 (87,55% e 87,57% respectivamente).

Sobre a pesquisa:

Easymedia – Abrangência: nove mercados - Distrito Federal, Grande Belo Horizonte, Grande Curitiba, Grande Fortaleza, Grande Porto Alegre, Grande Recife, Grande Rio de Janeiro, Grande Salvador, Grande São Paulo. Sexo ambos - todos os dias - todos os locais. Períodos de campo: jan a mar/06 - jan a mar/13.

domingo, 9 de junho de 2013

Conflitos de canais ainda dificultam as operações on-line no Brasil

Conflitos de canais ainda dificultam as operações on-line no Brasil

Estender as operações de vendas para outros canais, como o e-commerce, por exemplo, já se tornou uma prática bastante comum no atual mercado de varejo, pois é natural que as empresas em algum momento de sua trajetória busquem novas formas de expandir suas vendas, conquistar novos mercados e elevar sua receita.

No entanto, analisar este movimento superficialmente pode acabar escondendo um lado obscuro da multicanalidade: os conflitos de canais, um problema que corrói as pequenas, médias e grandes empresas.

De acordo com Ricardo Daumas, especialista que atua pela Soslaio Projetos e Soluções, desenvolvendo e aplicando soluções para varejo, consumo e comércio eletrônico, um dos primeiros indícios ocasionados pelos conflitos de canais é perda de competitividade, pois, em grande parte das vezes, as características e demandas de cada meio não são respeitadas.

“- Nós não estamos em um mercado econômico homogêneo. As demandas são muito diferentes quando observamos os segmentos e o perfil demográfico do consumidor.

Mesmo em segmentos muito competitivos, como o de eletrodomésticos e eletrônicos, por exemplo, vamos encontrar regiões e nichos de consumidores que ainda não têm sequer acesso a uma oferta diversificada a de produtos e nem disponibilidade fácil de crédito, logo, estão submetidos às ofertas disponíveis praticadas por fornecedores locais, e que não são necessariamente competitivas.

Isso tem um limite que vai ser atingido na medida em que o consumidor aumenta a sua capacidade de escolher e discernir entre o bom e o mau serviço, e comparar preços.

Isso está acontecendo rapidamente nos mercados mais concorridos, onde a grande maioria dos consumidores já pode e sabe como buscar uma melhor oferta de produtos e serviços de forma rápida.

Neste aspecto, as empresas que conseguem apresentar melhor seus serviços e ofertas em diferentes canais matematicamente oferecem mais, cobrem mais e melhor as demandas do consumidor, e com isso ganham espaço sobre as que resistem a ignorar o fato ”, evidencia.

Ele acrescenta que esta perda de competitividade tem reflexo direto nas vendas, participação no mercado e rentabilidade da empresa.
“Se a sua eficiência ou atratividade é menor em qualquer dos canais, seja lojas físicas, e-commerce, vendas diretas ou catálogo, o lojista está perdendo venda, mercado e provavelmente rentabilidade.

Na medida em que os canais se diversificam e o consumidor os assumem como bons para ele, o comerciante tem que ser eficiente e estar presente no maior número possível de opções, a menos que tenha um produto exclusivo e de grande aceitação, o que não retrata a situação clássica do varejo”, considera Daumas.

Principais pontos do conflito

Na visão do executivo, existem dois grandes causadores dos conflitos de canais. “O primeiro é interno, de todos os que se sentem afetados pelo novo canal – vendedores, compradores, diretores de área e funcionários de áreas compartilhadas como financeiro, jurídico, etc…, ou, que se sentem sobrecarregados ou prejudicados em termos de performance, como um novo concorrente direto.

Por isso, antes de adotar novas práticas é importante inserir a cultura digital à cultura da empresa.

Ao contrário, algumas varejistas optam por desenvolver o novo canal quase em segredo, só revelando o necessário, o que aumenta a ansiedade, insegurança e, consequentemente, diminui a disposição de colaboração de todos. Isso fica menos frequente à medida que o grupo de funcionários evolui como consumidor dos meios digitais e compreende naturalmente o processo.
Este ainda é um grande entrave, principalmente para as empresas menos organizadas”, enfatiza.

Outro motivo é a falta de entendimento da empresa, de que no canal on-line os benefícios ao consumidor devem ser ainda maiores, o que significa muitas vezes, oferecer serviços, preços, entre outros, diferenciados do canal físico, aponta. 
“O que o cliente espera ao ver sua empresa preferida na internet é que ela ofereça tudo aquilo que ele está acostumado a ter nos meios tradicionais acrescidos das ofertas naturais do mercado de e-commerce.

Ele vai passar a comparar a sua empresa não apenas com os seus concorrentes tradicionais, mas também, com todas as empresas do comércio eletrônico operando no varejo e em qualquer outro setor.

A expectativa em termos de preços, qualidade de informações, agilidade etc, vai aumentar e irá desencadear diferenças no padrão do seu negócio tradicional, que terão que ser, na medida do possível, absorvidas”, reforça Daumas.

No entanto, na opinião do especialista, os conflitos de canais nem sempre são uma questão de timidez ou covardia empresarial, mas algo arraigado na cultura do varejista brasileiro que é o empreendedor familiar.

Segundo ele, são empresas que cresceram em diferentes ritmos, mas quase nunca investindo em infraestrutura e organização. “Estamos falando ainda de coisas básicas como registros contábeis, processos logísticos e de estoque, compras, relacionamento com clientes e fornecedores”.

Soma-se a isso todas as mudanças que os meios digitais e eletrônicos proporcionaram na gestão das empresas e nas relações humanas em geral nos últimos 15 anos.

Introduzir novos processos não é simplesmente fazer alguma coisa nova, é integrar esse novo com todo o seu passado, o que implica numa revisão de processos e práticas quase que integral.

Mesmo em grandes grupos a dúvida nestes momentos se concentra em fazer adaptações ou renovar tudo, e aí entra uma análise de capacidade de investimento e disponibilidade de mobilização que é fundamental.

Quando bem sucedida, transforma a empresa em um competidor capacitado a crescer e a ocupar espaço na nova economia, mas, há de se ter determinação corporativa neste momento, conscientizar e mobilizar a todos.

De fato, não é um processo simples, porém, o único erro nesse momento é ignorar esta necessidade e não fazer coisa alguma, pois nestes casos a perda da competitividade é só uma questão de tempo”, assegura Daumas.

Apesar de não ser uma tarefa simples, o segredo para não vivenciar esse tipo de experiência e manter a harmonia entre os canais, e o sucesso das operações on-line, é, segundo o especialista, se empenhar para oferecer ao consumidor mais do que ele já recebia, sem aumentar seus custos e estrutura, integrando os serviços disponíveis em todos os canais.

Desta forma sua percepção de bom atendimento e valor de benefícios como consumidor, certamente irá aumentar, garante. “Existe aí uma questão estratégica, que é a de optar por integrar os canais ou não, fazer um canal de e-commerce com ofertas e condições exclusivas capaz de competir e superar os demais, sem a preocupação de oferecer o mesmo portfólio de ofertas e serviços nas lojas”.

É uma opção cara, rápida e  que exige excelência de estrutura e expertise no segmento.

A opção da integração é de crescimento mais lento, porém consistente e definitivo, mas que também exige um domínio completo das habilidades necessárias e dos fatores decisivos para o êxito.

Nenhuma solução é simples, mas devemos encarar isso como uma vantagem, recomenda.

sábado, 1 de junho de 2013

Experiências com web rádios avançam no país


Experiências com web rádios avançam no país


Difícil encontrar consenso sobre o quê, afinal, denominar de web rádio. Sites que só tocam "playlist"; à escolha do ouvinte?

Rádios que apenas reproduzem numa página da internet o mesmo conteúdo do dial? Ou as que têm uma
produção de conteúdo próprio e estão somente na web?

"Criou-se a mítica de que todo áudio na internet é rádio.
Esses serviços de 'streaming39;, em que se escolhe um cantor e bota para tocar, por exemplo.
Isso não é um serviço de rádio, mas de áudio na internet.

Não há a interação. É uma juke-box digital. É diferente de programação, com conteúdos pensados", afirma Álvaro Bufarah, professor da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado).

A gama de possibilidades também dificulta saber com precisão quantas web rádios já existem no país.
Marcelo Braga, ex-diretor da Mix FM e atualmente na web rádio Coca-Cola FM, arrisca, no entanto, a estimativa de 20 web rádios. Nessa conta entram as rádios que estão apenas na internet e que criam seu conteúdo.

Independentemente do número em operação, para alguns pesquisadores a web rádio é uma revolução, por prescindir de concessão governamental (qualquer um pode criar uma web rádio), ter alcance universal e um som que não depende de antenas.
"Com as web rádios, as pessoas que saem do país continuam acompanhando os jogos do time da sua cidade", afirma Nair Prata, da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufpo).

Mas ainda não está claro como sustentar economicamente uma web rádio.

As experiências, em muitos casos, têm sido de web rádios corporativas, como a que foi criada em 2011 pela Coca-Cola, portanto, contando com aportes do grupo de bebidas, pelo interesse em promover a marca pela proximidade de eventos como Copa do Mundo e Olimpíada.

Na Coca-Cola FM, uma programação é pensada para a rádio na internet, não há anúncios de terceiros,
mas há conteúdo comercial de parceiros.

A Coca-Cola não deixou de fazer anúncios em outras rádios por possuir agora sua própria emissora, mas Braga acredita que isso poderá ocorrer no futuro com o crescimento da rádio.

Para os anunciantes, a web rádio rompe alguns paradigmas.

Até hoje para levar suas mensagens pelo rádio, as marcas interferiam no conteúdo, comprando um "spot".
Na parte mais importante da programação, entrava o "break" e o "spot".

Já na web rádio de uma marca, a mensagem do anunciante permeia o canal em tempo integral. "Não adianta você querer parar no meio um programa e dizer: 'Espera um pouquinho que agora vou passar a minha mensagem'. As pessoas não querem mais isso", acredita Braga.

Para Mariza Tavares, diretora de jornalismo da CBN, porém, as web rádios ainda não aconteceram. "O que está valendo para a audiência, a referência [ainda], é o mundo off-line. Não vi nenhuma web rádio que tenha chamado muito a atenção. Por enquanto, são experiências, mas nada que tenha feito frente ao velho mundo do rádio".

Por ora, as web rádios começam a jogar água numa outra questão, a da adoção de um modelo de rádio
digital, processo de transição similar ao que ocorreu com a televisão brasileira, na avaliação de algumas pessoas do setor.
"Acabou, não tem a menor chance de rádio digital mais", acredita Mariza.

Para Braga, o modelo de rádio digital no país, se nascer, nascerá quase morto.
"O rádio digital é visto como uma forma evoluída de distribuição de sinal por onda de rádio. Mas você tem algo muito mais abrangente, com tanta qualidade quanto e muito mais barato".