A forma de classificar os brasileiros
em classes sociais e paradoxos.
O Critério Brasil é a forma que os
institutos de pesquisa classificam as pessoas em suas respectivas classes
sociais. E você sabe a qual classe social pertence ?
Geralmente, em sala de aula ou com
algum clientes, exponho que esta foi a melhor forma, e única, que os pesquisadores
descobriram para ter parâmetros em relação a posicionar o tipo de consumidor ou
cliente de uma empresa, quando vamos fazer o nosso trabalho de marketing e comunicação.
Se esta é a melhor maneira? Talvez,
sim; talvez, não.
Contudo é um formato que não de deve
ser desprezado.
Logo, o modo de classificar
economicamente a população brasileira mudou em janeiro deste ano e eis alguns detalhes.
O Critério de Classificação Econômico
Brasil 2014 continua baseado em posse de bens e acesso a serviços, atrelando a
cada item uma quantidade de pontos, mas agora, a base para o estudo é a
Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), o que já é um avanço.
Veja como ficou a nova distribuição da população brasileira entre as classes
econômicas:
Classe
|
População Brasileira
|
A
|
2,80%
|
B1
|
3,60%
|
B2
|
15,10%
|
C1
|
20,60%
|
C2
|
20,60%
|
D
|
22,80%
|
E
|
14,50%
|
Fonte: POF 2009 referente ao Brasil
Note que o aumento ou diminuição da quantidade de brasileiros em uma determinada classe não significa que a população brasileira ficou mais rica ou mais pobre. Essa variação ocorre apenas por conta da mudança nos critérios de classificar a população.
Note que o aumento ou diminuição da quantidade de brasileiros em uma determinada classe não significa que a população brasileira ficou mais rica ou mais pobre. Essa variação ocorre apenas por conta da mudança nos critérios de classificar a população.
Para a Bruna Suzzara, do Instituto Brasileiro de Opinião Pesquisa e
Estatística (IBOPE), que participou do participou do comitê de revisão do
Critério de Classificação Econômico Brasil: “Sempre que há uma mudança de
critério de classificação, existe a quebra da série histórica de dados.
Portanto, não podemos comparar os novos percentuais de distribuição de classe
com os anteriores, pois são critérios de classificação completamente diferentes.
”
No novo formato, o Critério Brasil também sofreu alterações em relação ao anterior (2011). Ei-las:
a) Há a inclusão de acesso a serviços públicos (água encanada e rua
pavimentada).
b) Em relação ao Critério 2011 na posse de itens, deixaram de ser variáveis:
televisão em cores, rádio e videocassete; e foram incluídos microcomputador,
lava-louças, micro-ondas, motocicleta e secadora de roupas.
c) Continuam entre os itens de posse: banheiro, automóvel, geladeira, freezer, lava roupas , DVD e
empregada doméstica (item muito criticado, quando da votação no Congresso dos
direitos trabalhistas da categoria, que não sabia que há décadas fazia parte do
questionário de itens de posse...).
Veja a nova alteração de peso para a posse de cada item em uma família:
Houve também alteração no grau de
instrução do chefe da família, pois quem possui superior completo passou de 8
para 7.
Vai entender?
Em suma, o Critério Brasil é um estimador padronizado da capacidade de consumo dos domicílios brasileiros, sendo uma ferramenta que permite a comparação entre estudos realizados em diferentes regiões do país.
Em suma, o Critério Brasil é um estimador padronizado da capacidade de consumo dos domicílios brasileiros, sendo uma ferramenta que permite a comparação entre estudos realizados em diferentes regiões do país.
No Rio de Janeiro, muitas vezes tivemos
problemas em analisar o perfil do consumidor classe A de áreas díspares como
São Conrado e Caxias. Teria o mesmo perfil, ambos, o mesmo estilo de vida, para
objeto de uma campanha publicitária?
E você, o que acha?