sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Publicidade em banheiros públicos. É uma boa ideia?


Publicidade em banheiros públicos. É uma boa ideia?

Por gentileza, leia o texto e reflita... Você colocaria anúncios de seus clientes em banheiros públicos de São Paulo, Rio de Janeiro ou em qualquer cidade brasileira?

A prefeitura de São Paulo abriu consulta pública para elaborar o edital que tem como objetivo abrir concessão para a administração de banheiros públicos mediante a exploração de publicidade.

Elaborado pela SPObras, a consulta pública pretende reunir subsídios e informações para elaboração do edital. Até 27 de março de 2018, qualquer pessoa poderá enviar dúvidas e fazer apontamentos sobre o edital no próprio site da prefeitura.

A proposta da administração municipal é passar à iniciativa privativa os trabalhos de confecção, instalação, manutenção e higienização de sanitários fixos e móveis em alguns pontos da cidade de São Paulo.

O projeto é baseado no modelo que já vigora com o mobiliário urbano da cidade (abrigos de ônibus e relógios de rua), que são administrados, respectivamente, por Otima e JCDecaux.

Fonte: Meio e Mensagem

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Eles dizem que os jovens não ouvem o rádio


Eles dizem que os jovens não ouvem o rádio
They say young people don’t listen to the radio
Por James Cridland
Tradução livre de Sérgio Duarte

Como você afirma isto?

Você só precisa perguntar a um cara pessoa que encontra em um bar, e ela irá lhe dizer que o filho de um amigo não escuta rádio e, por exclusão, nenhum jovem do mundo inteiro ouve o rádio...

Aí, você pode levar esse conhecimento de volta ao seu local de trabalho e, confortavelmente, dizer a outras pessoas que os jovens não ouvem o rádio. Estamos falando de alguém que vai ouvir que "os jovens não escutam o rádio".

É quase inteiramente aceito como a verdade da escuta de rádio. Em pouco tempo, estaremos programando todas as estações de rádio para uma dona de casa "jovem de coração" de trinta e poucos anos; porque os jovens não ouvem mais o rádio...

Há uma estação de rádio na Austrália programada para "os jovens", chamada triple j.



No fim de semana passado, eles transmitiram o programa triplo j Hottest 100, um gráfico anual de música votado por ouvintes. Um exercício sem sentido?  Lembre-se, ninguém jovem escuta o rádio mais...

O Hottest 100 deste ano recebeu 2,4 milhões de votos: - a maior quantidade de votos que a estação já teve.

A idade mais comum dos ouvintes: 21 anos. Mais votos do que nunca, dos jovens.

Ah, você vai dizer, mas isso não mostra que os jovens ouvem o rádio.

Eles são todos estúpidos, jovens, e eles acabaram de votar sobre isso porque seus companheiros fizeram algo ou algo assim. Eles não estarão ouvindo. Porque, é claro, os jovens não ouvem o rádio.

Na verdade, o Hottest 100 do triplej é provavelmente o maior evento de transmissão de rádio do mundo.

Eu escrevi um artigo para a revista Radio no ano passado, com alguns dados de transmissão. O total de transmissões simultâneas por servidor em 2017 (provavelmente um pouco cedo demais para obter as estatísticas para 2018) foi de 258 mil no pico. (Isso é significativamente maior do que qualquer estação de rádio com a qual trabalhei...).

Ainda assim, é apenas uma estação, e uma vez que é uma estação de rádio pública, ouvintes claramente mais jovens estão abandonando a rádio comercial em massa, porque os jovens não ouvem o rádio.

Exceto os dados australianos mostram que 79% dos jovens estão ouvindo o rádio todas as semanas; e o rádio também é dinâmico para públicos mais jovens em outros países, incluindo o Reino Unido.

Agora, claro, eles estão ouvindo menos tempo do que há dez anos. Isso provavelmente não deveria ser uma surpresa para ninguém.

Mas eles ainda estão ouvindo: o volume total de jovens está aumentando em muitos mercados, não diminuindo.

Na verdade, não há dados que eu possa achar que demonstre que "os jovens não ouvem o rádio".

Então, da próxima vez que alguém lhe disser que os jovens não ouvem o rádio: em vez de concordar e falar com saudade sobre ouvintes passados e o rádio AM; desafie-os. Pois, pelo que me parece , ao menos,  os jovens adoram o Rádio , tome como exemplo o o Hottest 100 do triplej .


quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Marketing de influência: o ano da maturação

Marketing de influência: o ano da maturação


“2018 será o ano do mix de influenciadores -  personalidades, especialistas e micro influenciadores, combinados em um mesmo plano para que os objetivos de marketing sejam atingidos. Cada um com objetivos e público-alvo específicos”, segundo Rafael Coca.

Estimativa da agência norte-americana Mediakix apontou o mercado de marketing de influência como um negócio de mais de US$ 1 bilhão, e a perspectiva é de que a curva de crescimento siga ascendente.

Outro estudo realizado junto ao mercado de anunciantes americanos pela Linqia, em outubro de 2017, aponta que 86% dos entrevistados realizaram ações com influenciadores no ano e, desses, 92% afirmam que a estratégia foi eficaz.

No Brasil, a tendência é similar.

Em estudo divulgado pelo YouPix sobre o mercado local, 67% dos respondentes (40 empresas, com mais de 500 funcionários) concordam que marketing de influência é estratégico dentro do seu plano de comunicação. 

Na escala da evolução da categoria, o marketing de influência já virou a página em importantes temáticas como o possível modismo da categoria, a desmistificação de perfis inflados com compra de seguidores e likes, o ganho de importância de micro-influenciadores, a necessidade de adequação a regras de publicidade gerais, entre outras.

Cabe influenciador no plano?

Muito se falou sobre a importância da cocriação entre marca, agência e influenciadores — ou creators, em melhor definição de seu papel nesse contexto.

Influenciadores tornaram-se parte integrante do processo de conversão de vendas e construção de marcas.

Temos que ir além. O influenciador pode e precisa estar no centro da estratégia — e não ao final dela, como um “add-on”.

As campanhas devem ser repensadas: os consumidores estão cansados de serem impactados com mensagens prontas, digitalmente tratadas e que não mostram uma realidade em que estão imersos.

A quem devemos recorrer?

No processo de evolução da categoria de marketing de influência, muitos anunciantes iniciaram a relação com influenciadores com o viés de assessoria de imprensa.

É importante estabelecer a distinção entre as disciplinas.

Na última, prevalece o relacionamento com veículos e formadores de opinião, com objetivo de gerar uma repercussão orgânica, e isso já é parte da rotina de trabalho da empresa.

Já no marketing de influência, trata-se de uma relação contratual, gerenciada por empresas especializadas, que envolve contrapartidas claras, fortemente amparados pela tecnologia como critério de escolha dos envolvidos na ação. 

Como calculamos o ROI — Return on Influence?

A principal razão de as empresas ainda serem temerárias à contratação de influenciadores é o fato de que ainda se pensa que não é possível rastrear a efetividade de uma campanha deste tipo — 76% dos profissionais de marketing pesquisados pela Linqia citam que a mensuração de ROI é o seu principal desafio, elencando como melhores indicadores: engajamento (90%), cliques (59%) e impressões (55%).

Mensurar claramente os resultados é vital para sustentar o crescimento do mercado, e hoje isso não é mais um impedimento. Existem empresas especializadas em realizar o monitoramento de campanhas de marketing de influência em tempo real, e as plataformas de marketing de influência estão a cada dia mais dotadas de funcionalidades e melhorias, o que torna esse processo de análise cada vez mais fácil e preciso.

Foco em micro-influenciadores, né?  

Em 2017, os micro-influenciadores — perfis com menor alcance, porém mais focados em assuntos e regiões, e muitas vezes, com maior potencial de conversão e engajamento —, foram a bola da vez.

Quando perguntado quais as tendências de marketing de influenciadores que os anunciantes americanos planejam adotar em 2018, 52% citaram programas que alavanquem diferentes tipos de influenciadores como parte de uma estratégia integrada.

2018 será o ano do mix de influenciadores — personalidades, especialistas e micro influenciadores, combinados em um mesmo plano para que os objetivos de marketing sejam atingidos. Cada um com objetivos e público-alvo específicos.

Rafael Coca é sócio-diretor da Spark