Na tentativa de superar
as transmissões nacionais via-satélite da TV, somente em 1990, a rede
Bandeirantes de rádio se tornou a primeira emissora no Brasil a transmitir via
satélite com 70 emissoras FM e 60 em AM, em mais de 80 regiões do país.
Mas, tudo se complicou,
um pouco antes, no meado dos anos 80, que foram marcados pelas redes de rádio
dos principais grupos de comunicação no país, que enviam seus programas, vinhetas,
comerciais pelos Correios. Era coisa de amador...
A programação não era
em tempo real e devido à crise do país, com a inflação monumental de 1984
(3.000% ano, que viveu esta época sabe do sufoco) a operação via rede ficou
cara e sem resultados práticos.
Os seguintes fatores
marcaram este processo das rádios neste período:
- uma ideia de
divulgação dos programas das emissoras transmissores, independente do
regionalismo das afiliadas, esquecendo-se do princípio do radio que é a sua
característica local;
- barateamento dos
custos operacionais das emissoras retransmissores, ocasionando na diminuição do
corpo funcional, ou seja, desemprego nos pequenos mercados;
- uma tentativa de uma
marca nacional para as emissoras do eixo Rio e São Paulo, e o que é pior: perda
da identidade local na interação com os ouvintes.
Notadamente, o rádio
mesmo sendo um meio de comunicação de massa, ele vem sofrendo a partir dos anos
1980 uma forma de rádio-morfose em seus formatos de programação através do
processo de segmentação e diferenciação.
Smith (1957) em seu
clássico artigo : Product Differentiation
and Market Segmentation as Alternative Marketing Strategies deu início aos
estudos acadêmicos sobre a segmentação de mercado e a diferenciação.
Por que as emissoras
adotaram a segmentação de mercado?
Semana que vem tem
mais...