segunda-feira, 2 de setembro de 2013

O Rádio e o processo de segmentação


Na tentativa de superar as transmissões nacionais via-satélite da TV, somente em 1990, a rede Bandeirantes de rádio se tornou a primeira emissora no Brasil a transmitir via satélite com 70 emissoras FM e 60 em AM, em mais de 80 regiões do país.

Mas, tudo se complicou, um pouco antes, no meado dos anos 80, que foram marcados pelas redes de rádio dos principais grupos de comunicação no país, que enviam seus programas, vinhetas, comerciais pelos Correios. Era coisa de amador...

A programação não era em tempo real e devido à crise do país, com a inflação monumental de 1984 (3.000% ano, que viveu esta época sabe do sufoco) a operação via rede ficou cara e sem resultados práticos.

Os seguintes fatores marcaram este processo das rádios neste período:

- uma ideia de divulgação dos programas das emissoras transmissores, independente do regionalismo das afiliadas, esquecendo-se do princípio do radio que é a sua característica local;

- barateamento dos custos operacionais das emissoras retransmissores, ocasionando na diminuição do corpo funcional, ou seja, desemprego nos pequenos mercados;

- uma tentativa de uma marca nacional para as emissoras do eixo Rio e São Paulo, e o que é pior: perda da identidade local na interação com os ouvintes.

Notadamente, o rádio mesmo sendo um meio de comunicação de massa, ele vem sofrendo a partir dos anos 1980 uma forma de rádio-morfose em seus formatos de programação através do processo de segmentação e diferenciação.

Smith (1957) em seu clássico artigo : Product Differentiation and Market Segmentation as Alternative Marketing Strategies deu início aos estudos acadêmicos sobre a segmentação de mercado e a diferenciação.

Por que as emissoras adotaram a segmentação de mercado? 

Semana que vem tem mais...