Momentos da Propaganda – Cigarros e Rock in Rio
O banimento do cigarro na publicidade.
A proibição da publicidade de cigarros em TVs, rádios,
outdoors e internet foi definida por legislação em dezembro de 2000, época em
que o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), era ministro da Saúde e
defensor da medida.
A lei proibiu ainda ações de merchandising e patrocínio de
eventos.

Esta última restrição entrou em vigor em 2003. O prazo foi
concedido para adaptação das empresas às normas, como ocorreu na etapa
brasileira da Fórmula 1. A Philips Morris exibia seu logo no carro
de corrida e macacão da Ferrari em apenas quatro dos 17 países onde são
disputadas as provas.
Até 1999, a indústria mundial do segmento investia 6% do
lucro bruto em publicidade, o dobro do praticado por outros setores.
Nas
décadas anteriores, o uso do cigarro estava aliado à sensualidade, à virilidade
e até à saúde, com o uso de esportistas como garoto-propaganda.
Nos anos 80, a publicidade passou a destacar o baixo teor de
tabaco, como a da marca Free. Até que os fabricantes passaram a ser obrigados a
estampar na embalagem dos produtos fotos das doenças e perigos do fumo, a
partir de 2001.
A proibição da publicidade de cigarros criou precedente para
que outros setores em especial o de bebidas se tornassem alvo de restrições à
sua comunicação comercial tanto por parte do Executivo federal como do
Legislativo.
Uma das principais
medidas foi a criação da nova auto-regulamentação para a publicidade de bebidas
alcoólicas, que entrou em vigor em 2003, criando regras mais rígidas.
Com foi o primeiro Rock in Rio inaugura era dos grandes festivais
Um simples briefing da Brahma de 1984, que queria lançar uma
nova cerveja no mercado, foi a fagulha para a criação do maior festival de rock
do mundo até então.
Naquela época, o único paralelo que havia era Woodstock, o
famoso festival hippie dos anos 60, tempo em que a palavra patrocínio ainda era
desconhecida do grande público.
O Rock in Rio, ocorrido em janeiro de 1985, nasceu com a
proposta de ser uma plataforma de comunicação para seu patrocinador.
Roberto Medina, fundador e presidente da Artplan, acreditava
em um exponencial retorno para a marca ao apresentar os dez dias de shows com
as maiores estrelas da música pop mundial, que trariam média de 200 mil pessoas
por dia.
Foram mais de 30 atrações, das quais metade era
internacional, e não havia no Brasil a tradição de sediar grandes turnês.
A cerveja em questão, Malt 90 (patrocinadora ao evento) não
existe mais, porém viveu intensamente enquanto esteve associada ao Rock in Rio,
tendo permanecido nas gôndolas até início dos anos 90.
Apesar de só repetido no Brasil em 1991, com patrocínio da
Coca-Cola, e em 2001, com a America Online, o Rock in Rio inaugurou uma era de
grandes eventos e deu um sentido mais profissional ao conceito de marketing de
entretenimento além de lançar a música como plataforma de comunicação de
grandes marcas, conceito hoje tão comum.
Em 2004, o evento voltou à cena, quando Medina conseguiu, às
vésperas da Eurocopa, realizar o Rock in Rio Lisboa, com patrocinadores como o
banco BCP Millenium e a Vodaphone.
Naquele ano, Portugal recebeu a terceira edição e Madrid, a
sua primeira.
Na Espanha, todas as cotas de patrocínio foram vendidas
antes mesmo do anúncio de qualquer banda. "Yo voy" é o tema da
campanha elaborada pela Artplan, inspirada no bordão criado em 1985: - Eu vou.
E este ano? Você vai?