segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Pra quem gosta de Propaganda (3)


Guerra das cervejas turbina propaganda desde os anos 90


 Brahma e Antarctica foram, até o fim dos anos 80, sinônimos de cerveja.
 
Mesmo com o lançamento da Kaiser, em abril de 1982, e a criação pela DPZ do "Baixinho da Kaiser", Brahma e Antarctica se alternavam, por poucos pontos, na liderança do mercado.
 
A concorrência não era muito acirrada. No ranking de 1989 da publicação Agências & Anunciantes, de Meio & Mensagem, a Brahma aparece na 51ª posição entre os maiores investidores em mídia no País. Antarctica ocupava a 97ª colocação e Kaiser, a 99ª.
 
No início dos anos 90, com a criação pela Fischer América do slogan "A número 1", para a Brahma, o mercado começou a assistir à chamada "Guerra das cervejas".
 
A Brahma alcançou a liderança e a manteve ao longo de quase oito anos, quando perdeu espaço para o "Desce redondo", da Skol, atendida pela F/Nazca.
 
A produção dos comerciais passou a explorar mais a figura da mulher e recrutar celebridades, como João Gilberto, para a Brahma.
 
A Antarctica, na Copa do Mundo de 1994, contratou Ray Charles e Daniela Mercury para interpretarem o jingle da marca e em 1997 lançou Bavaria, que utilizou cantores sertanejos na comunicação criada pela DM9.
 
A batalha mercadológica ajudou a turbinar a propaganda e o setor passou a investir em grandes eventos, como os ligados ao carnaval e ao futebol.
 
O consumo nacional da bebida subiu de 5,28 bilhões de litros em 1989 para 9,02 bilhões em 2005. Novas marcas, como Nova Schin, Cintra e Sol, passaram a disputar mercado com a gigante Ambev, resultado da fusão em 1999 entre Brahma e Antarctica.
 
Hoje o setor, ainda, se vê diante da ameaça de sofrer restrições em sua comunicação e poderá ser impedido de patrocinar a transmissão de eventos esportivos.

 

Cenp profissionaliza as negociações da atividade publicitária

No dia 16 de dezembro de 1998, representantes de agências, anunciantes e veículos de comunicação colocaram em vigor as Normas-Padrão da Atividade Publicitária, um regulamento que reúne as diretrizes para o estabelecimento de uma relação ética entre todas as frentes envolvidas na atividade publicitária do País.
 
Mais do que um documento que defi ne os limites dos profissionais, o conjunto de normas nasceu com o propósito de reforçar a capacidade de auto-regulamentação do setor.
 
Para aplicar essas regras e zelar pelo seu cumprimento por parte dos envolvidos no meio publicitário, foi criado o Conselho Executivo das Normas-Padrão, o Cenp.
 
Tendo as principais associações do âmbito da publicidade como mantenedoras - ABA, Abap, Abert, ANJ, Aner, Central de Outdoor, Fenapro e ABTA, o Conselho, por meio da outorga dos seus Certifi cados de Qualificação, é o responsável pelo cadastramento de agências, anunciantes e veículos que, segundo a avaliação de seus integrantes, estão aptos ao pleno e livre exercício das ações comerciais e publicitárias.
 
O Cenp promoveu uma profunda revisão do texto original de suas normas de propaganda, há 10 anos, a pedido da ABA, que atentou para a necessidade de adequação das regras ao cenário do mercado atual - bem diferente daquele existente em sua elaboração.
 
A inclusão de regras relativas às novas mídias, como internet e telefones móveis, é um ponto defendido pela mantenedora para que seja moldado de acordo com a realidade das negociações neste século 21.