O varejo contemporâneo, seja ele o das lojas físicas, seja ele o e-commerce, evoluiu na última década para se tornar um intricado e integrado conjunto que envolve hoje não mais apenas as tradicionais (e ainda altamente eficazes) promoções na mídia e ações no ponto de venda, mas também e cada vez mais incorporar a contribuição de informações e dados estruturados em bancos digitalmente acessáveis.
Esse passo nos colocou num caminho sem volta em que a tecnologia saltou do controle do termostato da gôndola de congelados para a gestão digital dos negócios de forma ampla e abrangente.
Do controle de estoques a comunicação com o consumidor.
Há algumas tendências que podemos identificar como características deste momento que vivemos.
Como as transformações são rápidas, pode ser que algumas delas sejam ultrapassadas por outras ou incorporadas entre si, tornando-se uma coisa só.
Mas entres as mais destacadas, há 5 que parecem estar na lista comum dos analistas do varejo baseado em dados.
Funel
o conceito de funil não é novo.
Há muito tempo o varejo conhece o fato de que, antes do consumidor chegar a uma loja (antes mesmo da internet), ele de alguma forma passava por um processo precedente, que afunila suas escolhas.
Seja o comentário de um familiar ou vizinho, seja a comunicação de massa ou de mala-direta.
Hoje esse funil, embora ainda mantenha algumas das mesmas etapas do passado, incorporou um amplo conjunto de novos canais e caminhos de captação e estímulo do potencial consumidor ao longo de seu percurso até a loja física ou a loja virtual, com seus respectivos sistemas de e-commerce.
O funil hoje é também fortemente digital e pode começar (prioritariamente, de fato, começa) nos mecanismos de busca como o Google ou os comparadores de preço e vai se estreitando até a conversão final.
Estar presente nessa boca do funil é vital.
Se sua marca, sua empresa, seus serviços não estiverem lá, fica reduzida sua probabilidade de figurar com destaque nas preferências dos consumidores.
A captação desse momento da boca do funil pode incorporar a presença em redes sociais ou até em portais de conteúdos e serviços.
O importante é capturar os primeiros dados e perfis do seu potencial consumidor já nesse primeiro estágio de relacionamento com ele. São esses dados que serão trabalhados da boca do funil até as fases subsequentes.
Atribution
Os modelos de atribuição são bancos de dados cruzados, que se sobrepõem e conversam entre si, acompanhando toda a jornada do consumidor da boca do funil até o click final de compra.
Cada banco de dados contribui com sua parcela de informações adicionais e complementares a anterior.
É uma cadeia. Essa cadeia recebe a contribuição de algoritmos de integração de dados e de oferta de promoções e produtos. Cruzados com o perfil do consumidor em cada estágio do seu percurso de compra. Um atribui ao outro a informação precedente e induz ao momento subsequente.
Omnichannel
Todo esse percurso não se dá numa linha lógica, nem numa sequência linear. Muito ao contrário, ele é multifacetado e extremamente pulverizado.
O consumidor é errático. Cada qual tem sua própria jornada. Através do acompanhamento permanente da base de dados de cada consumidor é possível atingir a excelência da previsibilidade, em que é possível “adivinhar” com alguma precisão o comportamento do internauta até a conversão final.
Mas esse é um estágio avançado e ele só será atingido com um acompanhamento apurado de cada canal de contato. Estamos falando desde um blog a um banner; de um comercial na TV a uma conversa de comunidade numa rede social; de um vídeo no You Tube a um aplicativo; de um anúncio classificado de jornal a um post patrocinado.
Acrescentando aí, obviamente, o comportamento dentro do próprio ambiente de compras. São canais, canais e canais, que cada vez mais estão integrados no conceito de omnichannel, o que nos remete a ideia de onipresença.
Aliás, é exatamente essa a meta: estar onipresente em todos os possíveis pontos de contato, integrando-os. Captando dados e utilizando-os de forma precisa e cada vez mais personalizada.
On/Off
Como vimos até aqui, a jornada do consumidor é hoje possível de ser acompanhada, mensurada e muitos dados podem ser extraídos desse processo, gerando valiosos insights para a conversão.
Só que os dois mundos em que todo esse percurso ocorre, o físico e o digital, estão colidindo.
No bom sentido. Estão se transformando quase que praticamente numa coisa só, de tão crescentemente integrada.
Os dados captados online alimentam a base de dados offline e vice-versa. Essa tendência se sofisticou e se sofisticará cada vez mais através da revolução da mobilidade. São os aparelhos móveis o principal driver dessa transformação e dessa integração.
Porque o consumidor cada vez mais consulta preços e características de produtos em seus aparelhos celulares e tablets, fazendo sua compra imediatamente online ou dirigindo-se a uma loja física.
Shop Digitalization
Por fim, já no ponto de venda físico, uma camada cada vez mais digital está sendo colocada agora a serviço dos varejistas.
Estamos falando dos recursos de geolocalização, que permitem que o consumidor seja abordado por tecnologias como Near Field Communication (NFC), QR Codes e iBeacons, todas integrando o mundo on com o mundo off.
A digitalização da loja se dá ainda através de digital signage, cada vez mais integrados ao mundo digital.
As tendências do varejo otimizado por dados são hoje o grande marco da nova fase de sua evolução. Estar atento e adotar as tecnologias a disposição dessa digitalização é a palavra de ordem para qualquer operação do comércio contemporâneo.
Fonte http://www.proxxima.com.br/home/criacao/2015/10/29/5-tend-ncias-de-varejo-baseada-em-dados.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsletter-Proxxima-diaria&utm_content=noticias_diarias