Por que escrever é a habilidade mais
importante nos negócios
Jeff Bradford, Forbes Agency Council

Escrever o que deseja comunicar obriga você a organizar seus
pensamentos.
Naturalmente, uma boa escrita é mais do que a lógica em ação.
Fui escritor profissional por 39 anos e, ao longo da
carreira, percebi que existem alguns pontos que precisam de atenção para
desenvolver uma boa escrita - que não são, de forma alguma, a última palavra
nesse assunto.
O principal é encontrar um caminho que funcione para você,
porque nada é mais importante para ser bem-sucedido nos negócios ou na vida.
Simplesmente conhecer as regras gramaticais e saber
como soletrar não faz de você um escritor. É preciso ler bons escritores para
saber como é a boa escrita.
Leia uma variedade
de autores ilustres e isso tornará menos provável que você reproduza o
estilo de escrita de alguém. E também encha seu cérebro com muita informação
que possa ser útil para seus textos. Quem
escreve deve ler muito - não apenas literatura, mas também não-ficção sobre
uma variedade de tópicos, como história, biografias, ciência, política, arte e
tecnologia.
Pensamento claro
É impossível escrever bem sem pensar claramente.
Você deve entender o que quer dizer e ser capaz de
explicar. E eu não estou falando de inteligência. Uma pessoa obtusa pode
escrever melhor do que uma pessoa brilhante se compreender claramente o que
deseja comunicar e aderir à mensagem sem se desviar para irrelevâncias. Na
verdade, as pessoas inteligentes, às vezes, são muito pobres quanto à
comunicação, porque o desejo de se exibir pode enlamear a mensagem.
Conhecendo as regras
Os melhores escritores
normalmente quebram as regras gramaticais, mas somente depois de aprendê-las. A diferença entre
um mestre e um pintor amador da arte abstrata é que o mestre primeiro aprendeu
a pintar a arte representacional.
Ele tinha uma base para começar e, como
resultado, seu trabalho abstrato tem um equilíbrio e uma harmonia que o
trabalho do amador nunca terá. Picasso disse que teve que primeiro aprender a
pintar como Rafael antes que pudesse pintar como uma criança.
Curiosidade
Ser curioso leva o indivíduo a ler muito, é claro, mas
também a observar atentamente o mundo ao seu redor - tanto o universo animado,
quanto o inanimado -, fazer perguntas e
procurar pessoas que tenham conhecimento sobre aquilo que eles desconhecem.
Seja um aprendiz vitalício e você
desenvolverá continuamente a capacidade cognitiva e emocional de que precisa
para ser um bom redator, uma vez que aprenderá o que faz as pessoas agirem.
Empatia
Como diz o ditado, ninguém se importa com o quanto você sabe até que eles saibam o quanto
você se importa.
A falta de empatia pelos outros, especialmente pelo
leitor, é a culpada pela maioria das escritas ruins no mundo. Isso leva a
bobagens pomposas. Para escrever um bom texto, você deve ser capaz de penetrar
nas cabeças e corações dos outros. É preciso sair de si mesmo. Isso permitirá
que você diga algo interessante, já que será capaz de justapor os pensamentos
dos outros com os seus próprios (unir as coisas de forma inovadora é a base da
criatividade). E aborde a inteligência emocional que alimenta toda boa escrita.
Economia
É preciso esforço para ser sucinto, mas, com certeza,
seu leitor apreciará tal habilidade. Nunca
use três palavras quando uma é suficiente.
Não diga a mesma coisa duas vezes de
formas diferentes. Não escreva um preâmbulo antes de chegar ao cerne da
questão. A menos que haja uma razão para não se apegar às palavras simples e
evitar termos estrangeiros que se infiltraram no português. Diga
"comer" em vez de "ingerir", "integridade" em vez
de "probidade", "subir" em vez de "ascender". E
quando disser o que precisa dizer, pare. Leia Hemingway - especialmente seus
primeiros livros - para ter exemplos do melhor da escrita sucinta.