Estudo aponta que ainda há divisão
entre on e off
Pesquisa do Grupo de
Mídia RJ com a Casa7 ouviu profissionais do Rio e de São Paulo; 89,4% dos
entrevistados acham que área passa por mudanças que estão longe do fim.
Fonte: Meio &
Mensagem
No ano em que completa 48 anos de
atuação no mercado, o Grupo de Mídia do Rio de Janeiro investiu em um projeto
para fazer uma radiografia da área, levantando também questões como relevância
das agências, modelos de atuação e, principalmente, mudanças pelas quais passa
a mídia em si.
Realizado pela entidade em parceria com o instituto Casa 7, o
estudo foi desenvolvido em etapas qualitativa e quantitativa com profissionais
seniores e juniores de empresas no Rio e em São Paulo.
Os dados levantados
mostraram que 89,4% dos participantes concordam que a área de mídia passa por
um processo de mudança que está longe de acabar.
Grupo de Mídia do Rio mira o futuro e convoca mercado
“Começamos a pesquisa no tom de
que a mídia perdeu espaço, mas concluímos que o profissional de mídia, se não
for o mais importante, é um dos mais dentro de uma visão global da construção
de planos integrados em que é fundamental entender a jornada do consumidor”,
detalha Fátima Rendeiro, conselheira do Grupo de Mídia do Rio.
Para ela, é
papel das entidades espalhar sementes e trazer discussões como esta, levantando
informações e conhecimento para serem compartilhados. “Há uma necessidade de
uma consciência maior. Nós temos sim a responsabilidade pelo que está
acontecendo”, fala.
O estudo mostrou que a sensação é
de que o mercado ainda é repartido entre as áreas on e off com movimentos
recentes de integração: 69,2% dos entrevistados acreditam que as agências estão
começando a fazer o processo de integração, enquanto 17,3% consideram que ainda
são divididas e apenas 10,6% veem o mercado totalmente integrado.
Por sua vez,
85,6% dos profissionais ouvidos disseram que é preciso uma mudança radical de
mindset sobre o papel da área e 68,3% veem os clientes como as verdadeiras
alavancas dessa transição.
O que esperar do novo profissional de mídia?
O perfil do novo profissional de
mídia, em meio a um cenário de transformação, também foi abordado.
Para 70% dos
participantes, hoje está profissional é híbrido, o que não quer dizer que tenha
que ser especialista em todas as áreas técnicas.
Entre os entrevistados, 91,4%
concordam que o profissional de mídia precisa ser cada vez mais
multidisciplinar para que possa ser relevante no cenário atual. “A capacitação,
vista como despesa e não investimento, tem de ser obrigatoriedade. Não se pode
descartar profissionais que tem senioridade, experiência, e conseguem trazer
inputs muito importantes porque não dominam plataformas tecnológicas que mudam
em seis meses”, observa Fátima.
Em sua visão, é essencial ar condições a este
profissional de se atualizar.
O estudo mostrou ainda que, para
72% dos entrevistados este profissional precisa ter um perfil mais analítico e
crítico e menos burocrático; 64% avaliam que ele precisa ser um bom negociador
no contexto dos projetos e 64% disseram que eles necessitam estar articulados
dentro da própria agência.
“Transitando bem entre áreas, tomando à frente a
operação, entendendo o que cada um no time está fazendo. É algo maior que
liderança pois os processos são colaborativos”, pontua a conselheira do Grupo
de Mídia do Rio.