segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Quando o marketing é a estratégia

Quando o marketing é a estratégia
When Marketing Is Strategy

Tradução livre de Sérgio Duarte por Niraj Dawar

Não é nenhum segredo que, em muitas indústrias hoje as atividades de “Upstream” (atividades na busca de material bruto, por ex. na indústria petroleira quando se antecede o refino) na otimização de compras, produção e logística estão sendo terceirizadas.

Enquanto que as atividades de “Downstream” (a parte logística, que compreende o transporte, distribuição e comercialização) visam reduzir custos e riscos dos clientes estão crescendo como responsáveis pela criação de valor e vantagem competitiva.
Por exemplo, considerando a compra de uma lata de Coca -Cola por um consumidor, em um supermercado ou armazém canadense , o preço é de cerca de 25 centavos de dólar por lata em um pacote de 24 unidades.

Entretanto, se o mesmo, encontrando-se em um parque em um dia quente de verão,  vai pagar dois dólares por uma lata gelada, vendida em uma geladeira – em máquina de venda automática (vending machine).
Essa diferença de preço é de 700%... Devido à conveniência!

Logo,há uma clara noção de valor para o consumidor que tem que se lembrar de comprar o pacote de 24 unidades com antecedência , e  gelar para carregar por conta própria (no Brasil já vemos isto nas praias devido ao abuso de preço na venda por ambulantes...principalmente na venda de cervejas- grifo nosso).

Atividades de Downstream como a entrega de um produto em específicas circunstâncias, estão cada vez mais em alta, em razão dos consumidores escolherem uma marca em detrimento de outra e, isto tem fornecido a base para a fidelização de clientes, por algumas empresas.

Estes consumidores respondem atualmente por uma grande parcela dos custos das empresas, e para colocá-los no centro dos negócios, a maioria das empresas tem feito grandes esforços.

No entanto, a estratégia de negócios continua a ser impulsionada, ainda, pelo fantasma da Revolução Industrial. E as fábricas ser costumavam a ter as principais fontes de vantagem competitiva de maneira fechada, ainda organizadas em torno da produção e seus produtos, pois o sucesso é medido em termos de unidades vendidas.

Atividades relacionadas à produção são ajustadas para maximizar a produção: os gerentes que adotam a eficiência são promovidos. Mas, e o cliente?

A questão estratégica que impulsiona os negócios de hoje não é "O que mais podemos fazer?", mas : “O que mais podemos fazer por nossos clientes?"

Clientes, e não o mercado ou o produto, estão no centro do negócio.

Este novo centro de gravidade exige um repensar na estratégia.

Primeiramente, a vantagem competitiva agora está fora da empresa (ela é acumulativa,pois em vem da erosão ao longo do tempo com a concorrência forte, ela cresce com experiência e conhecimento).

Em segundo lugar, é a maneira como competir com as mudanças ao longo do tempo. Na se pensa mais em ter o melhor produto, já que o foco da empresa está nas necessidades dos clientes e sua posição em relação aos seus critérios de compra.

Isto promove uma palavra a dizer na forma como o mercado percebe a sua oferta e com quem competir.

Em terceiro lugar, o ritmo e a evolução dos mercados estão agora deslocando os critérios de compra dos clientes e não por melhorias em produtos ou tecnologia, como se achava.


Na semana que vem vamos falar como as atividades de Downstream (transporte, distribuição e comercialização) estão movimentando as estratégias de marketing atuais.