Spreadable Media - A força da Mídia espalhada
A capacidade técnica e cultural que as pessoas têm nos dias atuais em compartilhar conteúdos através de suas próprias prioridades e intenções provoca o fenômeno chamado de Spreadbale Media (Mídia espalhada), segundo os autores do livro Spreadable media: Creating value and meaning in a networked culture
Para Henry Jenkins, Sam Ford e Joshua Green, hoje em dia as
pessoas com suas próprias vontades, e em muitas das vezes sem a permissão dos
detentores de direitos de conteúdos encontrados na web, têm tido a capacidade
de alavancar a divulgação de eventos, mesmo em alguns casos sem a autorização
dos meios (e veículos) de comunicação.
As práticas dos atuais usuários na internet, assim com os
próprios valores daqueles que compartilham conteúdo em nosso ambiente de mídia
digital contemporânea têm promovido histórias com o crescimento troca de
mensagens.
Logo, as plataformas digitais como o YouTube, Vimeo, Facebook
e o Twitter já não são novidade.
O que vale agora, neste novo cenário, é a cultura participativa
desenvolvida com ou sem consentimento das indústrias culturais.
O fenômeno da mídia espalhada se deve principalmente, na
capacidade das pessoas estarem “cravadas” nas novas tecnologias e com a
intenção de circular os conteúdos que lhes mais chamam à atenção.
Algumas vezes, somos invadidos por imagens de alimentos e
bebidas servidas nas festas das pessoas que compartilhamos informações na World
Wide Web. Que não acrescentam nada para os que veem, mas são de certa forma uma
forma de comunicar em alguns casos, em tempo real.
O exemplo, mais interessante no livro que ilustra o fenômeno
da Mídia Espalhada aconteceu na final do programa de TV americano American Idol
em 2009, que batia recordes de audiência com 32 milhões de telespectadores
através da mídia tradicional televisiva.
Na mesma semana, um vídeo divulgado, bem longe dos Estados
Unidos, da final do programa correlato de TV inglesa: “Britain´s got Talent”
era visto devido ao uso da internet por 77 milhões de pessoas, de forma espontânea.
Pela YouTube, surgia a bela voz de Suzan Boyle com a canção “I
Dreamed a Dream” (Eu sonhei um sonho), que passou a ser compartilhado
(espalhado) pelos internautas em projeção geométrica por pessoas no Brasil,
Japão, Holanda e o próprio Estados Unidos, segundo Jinkins.
Em pouco tempo, o compartilhamento espontâneo e a quantidade
de vistas pela pessoas mundo afora da desconhecida Suzan Boyle tornou-se o
primeiro fenômeno da mídia espalhada, sem contar com a participação no site
Tudou Chinês.
Este exemplo, marcou a dificuldade que as empresas
fonográficas e de radiodifusão começaram a ter na discussão entre o que seria
direito autoral em uma audiência espontânea.
A mídia espalhada veio confirmar o seu uso e provocar uma
nova forma de se repensar a radiodifusão, principalmente no Brasil.
Hoje, o IBOPE, em novas pesquisas já confirmam que as
pessoas estão vendo TV ou ouvindo uma emissora de Rádio com o computador
ligado. Você é uma dessas pessoas?
Leia mais em http://spreadablemedia.org/