segunda-feira, 5 de agosto de 2013

A Classe C e a preferência por marcas.

A Classe C e a preferência por marcas.

A chamada Nova Classe Média é formada por pessoas que obtiveram um crescimento de renda nos últimos anos e migraram da classe D para a C. É formada principalmente pelos negros, que representam 73% do total, com 53 milhões de pessoas.

A grande maioria (55%), é jovem na faixa dos 18 aos 30 anos de idade e a massa de renda da classe é encabeçada principalmente pelas mulheres.

O Sudeste tem a maior proporção de pessoas na Classe C, com 46,1%, seguido Nordeste (22,2%); do Sul (16,4%); do Centro-Oeste (8,4%) e do Norte (6,9%).

A classe emergente já representa a maior parte dos usuários de serviços financeiros e ampliação do crédito. Mais de 50% usam conta corrente, contra 15% da classe baixa e 33% da classe alta.

O cartão de crédito é utilizado por 51% da classe média, 14% da baixa e 35% da alta.
A previdência privada também é prioridade da classe emergente: 45% dela usam o serviço, contra 12% da baixa e 43% da alta.

Uma das principais características da Classe C é o seu positivismo com relação ao futuro.

Segundo o estudo Vozes da Classe Média, do Instituto Data Popular, com relação a sua confiança no Governo, a população acredita que a educação (70%) e a saúde (75%) são as principais responsabilidades do Estado.

Do total de pessoas, 67% acreditam que o voto pode melhorar a política brasileira.

A classe média também se revela otimista: seis em cada 10 brasileiros acreditam que sua vida melhorou.

Do total de entrevistados no estudo, 59% acham que vivem melhor; 35% igual e 6% acreditam viver pior. Já 81% acham que a situação melhorará no próximo ano.

Comportamento da Classe C
Com relação aos seus desejos de compra, a Nova Classe Média sabe o que quer.

Essa forma de comprar pode ser chamada de "mais por menos", ou seja, pessoas cada vez mais exigentes com o que escolhem, mas que são conscientes na hora de gastar.

De acordo com a pesquisa "O que mudou, para quem mudou? Entender, prever e atender o consumo emergente", da GS&MD – Gouvêa de Souza, os atributos mais valorizados são preço, variedade, qualidade e marca.

"O preço porque ainda continua sendo relevante, a variedade porque o consumidor emergente busca mais alternativas pra fazer suas escolhas, o que nos leva ao terceiro e quarto atributos: ele tem preocupação com durabilidade e segurança e, surpreendentemente, passa a referenciar marcas de predileção entre as suas escolhas, muito mais que puramente produto versus preço", explica Alexandre Horta sócio-sênior da GS&MD – Gouvêa de Souza

A população de Classe C apresenta um comportamento sustentável que está baseado, principalmente no fato de as mulheres terem menos filhos.
Na década de 1970 a brasileira tinha em média seis filhos; hoje tem menos de dois. Em 1990, 16% das crianças de sete a 14 anos estavam fora da escola, hoje são menos de 2%.

O principal símbolo da Nova Classe Média é o emprego com carteira assinada. "Esse processo de ascensão se dá muito mais por trabalho, educação e uma família mais equilibrada. Até no Nordeste hoje em dia as mulheres têm, em média, dois filhos. Essa é uma revolução", explica Marcelo Neri, Chefe do Centro de Políticas Sociais da FGV, Ph.D em Economia pela Universidade de Princeton, Mestre e Bacharel em Economia pela PUC-Rio.

Esse consumidor emergente surgiu com um nível de consciência sobre seus desejos, com conhecimento dos canais onde ele pode expressá-los e crítica muito maior, exercendo uma pressão sobre o mercado para que ele busque alternativas para satisfazê-lo.

Entre os consumidores da Nova Classe Média, 66% não abandonaram as lojas nas quais estavam acostumados a comprar no passado. Dos que mudaram, os principais motivos foram, em primeiro lugar, a qualidade do atendimento seguida pela alta nos preços.

Outra mudança apontada pela pesquisa diz respeito à forma como esse consumidor busca pelos produtos nas lojas.

Enquanto antes o maior peso era dado para o relacionamento com o estabelecimento e ofertas de crédito, hoje, a principal busca é pelas marcas. Segundo a pesquisa "Classes em movimento: O consumidor mais por menos redefine o varejo", elaborado pela consultoria Gouvêa de Souza, 61% das pessoas apontaram a marca como ponto fundamental na escolha de um produto. Já as formas de pagamento foram citadas por 39% das pessoas.

A pesquisa também levantou que a casa é o epicentro do convívio das famílias do consumidor Mais por Menos e o comportamento dita o consumo no varejo. Entre os principais serviços contratados nos últimos dois anos aparecem, em primeiro lugar, TV por assinatura (32%), em segundo os celulares pré-pagos (30%) e, em terceiro, Internet (28%). Do total, 49,5% dizem passar o tempo com a família em casa, 40% assistem TV/filmes em casa, e a média cai para 29% quando falamos em sair com amigos ou namorado. Com relação às aspirações para o futuro, a casa também está nos principais planos dessa parcela da população. O grande sonho de consumo da classe emergente é um imóvel novo, maior ou melhor localizado, questão apontada por 45% dos homens e 40% das mulheres. Em segundo lugar na lista de desejos vem o carro, com 32%, e educação, com 27%. A educação aparece nas citações como uma forma de buscar uma melhor remuneração e, consequentemente, melhores condições de vida.
Fonte:http://www.mundodomarketing.com.br/mais-mundo-do-marketing/estudos/6/perfil-detalhado-da-nova-classe-media-brasileira.html