MaxiMidia 2017 - Negócios
das agências em debate
O modelo de negócios das agências, a concorrência com as
consultorias, a transformação digital e as diferentes formas de remuneração
foram os temas centrais do debate que reuniu os presidentes do Grupo Newcomm,
Marcos Quintela, da Dentsu Aegis Network, Abel Reis, e do Grupo Ogilvy, Fernando
Musa, no MaxiMidia2017.
Leia um resumo do encontro.
A criatividade
A crescente expansão das consultorias, inclusive com a formação
de áreas criativas nessas empresas ou mesmo de aquisições, é rebatida, pelas
agências, pela criatividade.
- “A criatividade é uma cultura. Você vive isso no dia a
dia. A criatividade vem de hábitos que você cultiva há muito tempo, da atração
de talentos.
- “A criatividade não é um diferencial pequeno”, afirmou o
presidente do Grupo Ogilvy, Fernando Musa. “Não podemos banalizar nosso
valor.
A indústria da comunicação precisa desse valor e tem que
entender que é, sim, um diferencial. É o coração do nosso negócio. Que é a
medida mais tangível e mais intangível, simultaneamente”, diz Musa.
O executivo rechaça o debate que se lança para o “lado
maçante que é a comoditização do nosso negócio. Que não é uma commodity”,
refuta.
O presidente do Grupo Newcomm, Marcos Quintela, concorda: “A
criatividade é cultural, não dá para mudar isso do dia para a noite. O
planejamento da marca e para onde ela vai, isso é a cultura da propaganda
Sobre o modelo de
remuneração
Uma questão que tem sido colocada em debate é o modelo de
remuneração das agências.
- “O importante não é se o anunciante não é um grande
comprador de mídia ou só faz branded content, e sim que valorize o trabalho
feito”, diz Quintela.
- “Ser reconhecido pelo valor que agrega, e não por uma taxa
de propaganda”.
Os diretores e vice-presidentes de marketing sabem o quanto
custam os profissionais e o trabalho das agências.
- “A remuneração sempre será polêmica”.
No passado, tínhamos dois ou três modelos de remuneração.
Agora, temos 15 modelos. E qual é a realidade do mercado? Às vezes, dá para ter
referência pagando remuneração por mídia, às vezes, não”, avalia o presidente
do Grupo Newcomm.
Para Musa, do Grupo Ogilvy, o mercado brasileiro sempre
conversou e se autorregulamentou. “O anunciante, a agência e o veículo.
Revolução tecnológica
O processo de evolução tecnológica gerou a transformação
digital das marcas, seus produtos e serviços e, certamente, da forma como se
comunica com os consumidores.
Esse também foi um dos pontos debatidos pelos executivos da
Dentsu, Ogilvy e Newcomm. “A revolução tecnológica acontece na vida”, lembra
Musa, da Ogilvy.
- “Para a marca, a relação com as pessoas acontece de
diferentes formas. O nosso trabalho é fazer com que a marca importe para a
pessoa. Porque o mundo não é mais uma zona de conforto. Temos que abraçar essa revolução
e seguir juntos. Todos – anunciante, veículo e agência – estão juntos nisso.
A grande transformação, para Abel Reis, da Dentsu, é a
convergência entre inspiração e transação.
Fonte: Meio e Mensagem