quinta-feira, 5 de outubro de 2017

MaxiMidia 2017 - Negócios das agências em debate

MaxiMidia 2017 - Negócios das agências em debate

O modelo de negócios das agências, a concorrência com as consultorias, a transformação digital e as diferentes formas de remuneração foram os temas centrais do debate que reuniu os presidentes do Grupo Newcomm, Marcos Quintela, da Dentsu Aegis Network, Abel Reis, e do Grupo Ogilvy, Fernando Musa, no MaxiMidia2017.


Leia um resumo do encontro. 

A criatividade

A crescente expansão das consultorias, inclusive com a formação de áreas criativas nessas empresas ou mesmo de aquisições, é rebatida, pelas agências, pela criatividade.

- “A criatividade é uma cultura. Você vive isso no dia a dia. A criatividade vem de hábitos que você cultiva há muito tempo, da atração de talentos.

- “A criatividade não é um diferencial pequeno”, afirmou o presidente do Grupo Ogilvy, Fernando Musa. “Não podemos banalizar nosso valor.

A indústria da comunicação precisa desse valor e tem que entender que é, sim, um diferencial. É o coração do nosso negócio. Que é a medida mais tangível e mais intangível, simultaneamente”, diz Musa.

O executivo rechaça o debate que se lança para o “lado maçante que é a comoditização do nosso negócio. Que não é uma commodity”, refuta.

O presidente do Grupo Newcomm, Marcos Quintela, concorda: “A criatividade é cultural, não dá para mudar isso do dia para a noite. O planejamento da marca e para onde ela vai, isso é a cultura da propaganda


Sobre o modelo de remuneração

Uma questão que tem sido colocada em debate é o modelo de remuneração das agências.

- “O importante não é se o anunciante não é um grande comprador de mídia ou só faz branded content, e sim que valorize o trabalho feito”, diz Quintela.

- “Ser reconhecido pelo valor que agrega, e não por uma taxa de propaganda”.
Os diretores e vice-presidentes de marketing sabem o quanto custam os profissionais e o trabalho das agências.

- “A remuneração sempre será polêmica”.

No passado, tínhamos dois ou três modelos de remuneração. Agora, temos 15 modelos. E qual é a realidade do mercado? Às vezes, dá para ter referência pagando remuneração por mídia, às vezes, não”, avalia o presidente do Grupo Newcomm.

Para Musa, do Grupo Ogilvy, o mercado brasileiro sempre conversou e se autorregulamentou. “O anunciante, a agência e o veículo.

Revolução tecnológica

O processo de evolução tecnológica gerou a transformação digital das marcas, seus produtos e serviços e, certamente, da forma como se comunica com os consumidores.

Esse também foi um dos pontos debatidos pelos executivos da Dentsu, Ogilvy e Newcomm. “A revolução tecnológica acontece na vida”, lembra Musa, da Ogilvy.

- “Para a marca, a relação com as pessoas acontece de diferentes formas. O nosso trabalho é fazer com que a marca importe para a pessoa. Porque o mundo não é mais uma zona de conforto. Temos que abraçar essa revolução e seguir juntos. Todos – anunciante, veículo e agência – estão juntos nisso.


A grande transformação, para Abel Reis, da Dentsu, é a convergência entre inspiração e transação. 

Fonte: Meio e Mensagem