segunda-feira, 22 de julho de 2013

O Relatório Popcorn - uma base para segmentação

O Relatório Popcorn

Nos anos 1990, a pesquisadora americana Faith Popcorn tornou-se a principal tendência nos estudos da segmentação de mercado ao desenvolver estudos sobre buyer personas (já escrevemos sobre isto aqui no nosso blog).

Ela foi reverenciada pelas previsões dos novos tipos de consumidores como uma base para a buscada segmentação, em seu livro O Relatório Popcorn: Centenas de Ideias de Novos Produtos, Empreendimentos e Novos Mercados (editado pela Campus) descreve as tendências de consumo para este século. 

Leia as principais tendências que mostram o retrato dos consumidores na virada do século XX:


O encapsulamento

As pessoas preferem curtir mais a própria casa. Sejam sozinhos, com família ou com um número restrito de amigos.
Tudo pela comodidade e segurança.
São os produtos que chegam até esses consumidores. Desde entrega de alimentos, até produtos de entretenimento (hoje DVD).

O desafio: saber quais produtos a oferecer para esse consumidor enclausurado.

A aventura da fantasia
Sair da realidade e buscar o prazer, sentir adrenalina nas atividades. Mas com segurança! É oferecer o seguro e propiciar um ambiente familiar com um tempero de aventura ou exotismo.
Só um produto adicionado de sensações (gosto, textura, som, cheiro, cor) faz com que ele seja mais “sensacional”.
Pequenas indulgências
Isto é uma retribuição a você mesmo.
É uma recompensa material pelo dia corrido e estressante do dia-a-dia. São mimos que merecemos.

Egonomia

É personalizar o produto às necessidades do consumidor (as propagandas nas revistas são diferentes conforme a região, é a altura do fogão e pias que devem variar com a altura dos moradores, é poder escolher os detalhes da sua calça jeans).

Sair fora

É a tendência que desacelera o batimento cardíaco e resgata a alma cansada.

É ir trabalhar em outro lugar ou abrir seu negócio, reformar a casa, mudar estilo de vida, trabalhar em casa, ter tempo flexível, ou seja, buscar algo que o fará viver com qualidade.

Volta ao passado
É a reinterpretação da definição do envelhecimento.
É a ponte através da qual os adultos tentam resgatar a infância despreocupada com a atual maturidade. Para o profissional de marketing, a visão é perceber como atingir essa criança dentro do adulto.

Sobreviver
preocupação com a saúde.
É a alimentação agregando novos ingredientes em benefício da saúde e do humor. Iluminação com fator bloqueador, biscoitos com ervas calmantes, cruzeiros terapêuticos. O ser humano tem como objetivo sobreviver.
 
Consumidor vigilante
Preocupação com o produto oferecido (produtos com validade vencida, alimentos com agrotóxicos, produtos não licenciados).
Consumidor não quer ser enganado e preocupa com aquilo que está consumindo. São consumidores investigadores, que pesquisam a qualidade antes de comprar. Além disso, há uma preocupação com a relação consumidor-empresa. Essa relação passa a ser mais humana, onde é exigido um comprometimento sobre todas as ações tomadas por parte das empresas (propaganda, produto, benefícios).
99 vidas
Época em que executamos vários papéis por uma questão de escolha.
A tradicional família é substituída por inúmeras pessoas que se misturam entre famílias. E o surgimento da tecnologia fez com que tudo ocorresse mais rapidamente. Daí surgiu a expressão “Síndrome da Aceleração”, no qual as pessoas buscam mimos, fantasias e mudança no estilo de vida. Para tudo isso, os serviços e produtos tendem adequar a essa realidade, a da praticidade, onde você poderá obter tudo num só lugar. É ter um atendimento multifuncional.
S.O.S (salve o social)
Época da decência, da dedicação à ecologia, educação e ética.
È a época do fazer a coisa certa. Só “não fazer nada errado” não basta. O consumidor está cobrando das empresas uma preocupação com o ambiente, com a comunidade e com a ética. Doações, trabalhos voluntários, cursos voltados para a assistência social e responsabilidade social é representativo. E o Marketing? O conceito S.O.S para o Marketing é o “Marketing de Causa”, no qual uma compra expressa um ponto de vista social; seja ambiental, social ou até político.