Vale á pena ler de
novo: fatos que marcaram a nossa Propaganda.
Capítulo III por Sérgio Duarte
No
início dos anos 90 surgia a internet no Brasil. Até então era inimaginável
conversar com pessoas de qualquer parte do mundo e em tempo real se não fosse
pelo telefone.
Pioneiro
nesse mercado, Aleksandar Mandic trouxe ao País o primeiro sistema BBS,
software que permite a conexão via telefone a um sistema através do computador.
As
primeiras páginas que surgiram foram as de notícias, seguidas por sites de
compras, pesquisas e entretenimento, até chegar, em 1998, ao lançamento do
Google, banco de dados virtual que revolucionou a maneira de fazer pesquisas.
Com
as evoluções tecnológicas e a popularização da internet - que hoje atinge
milhões de internautas no Brasil, a rede criou também um novo ambiente para o
desenvolvimento da publicidade, gerando formatos distintos, que vão de banners
até campanhas interativas, além de permitir uma mensuração mais abrangente e
precisa de resultados.
Os
consumidores, até então passivos, ganharam poder e maior liberdade de expressão
através dos blogs e redes sociais, obrigando uma adaptação generalizada por
parte dos que querem ganhar a confiança dos consumidores.
Hoje
o canal internet faz parte das estratégias de comunicação de empresas de todos
os portes, abocanhando em torno de 4,5% de toda a verba publicitária disponível
no País (ver resultados dos projetos Intermeios das Pricewaterhousecoopers).
Sua
penetração e alcance, no entanto, conferem à web características de mídia de
massa.
A
revolução provocada pelo surgimento da web extrapolou o mercado de comunicação
e mídia, transformando também hábitos culturais, que alimentam a economia
digital mundialmente - e cujos players se valorizam muito mais do que as
empresas da economia tradicional.
Você acredita no fim da mídia tradicional?
Surgimento
da TV paga no início dos anos 90
A
imagem nem era tão boa assim. Na tela, ao vivo, mísseis atravessavam o céu
enquanto o correspondente da CNN, Peter Arnett, relatava os últimos
acontecimentos da Guerra do Golfo.
Era
1990, época em que a TV paga ainda era uma novidade cara e ausente da maior
parte dos lares.
Entretanto,
com a transmissão da guerra ao vivo, as pessoas começaram a perceber utilidade
no investimento.
O
caminho da TV paga no mercado brasileiro foi, desde os primeiros passos, cheio
de interferências.
O
seu marco inicial data de dezembro de 1989, no final do governo de José Sarney,
com a regulamentação da Distribuição de Sinais de Televisão (DISTV), por
decisão do então ministro das Comunicações, Antônio Carlos Magalhães, que dois
anos antes, havia baixado um decreto que regulamentou o que foi chamado de
Serviço Especial de Televisão por Assinatura.
A
combinação destes decretos regulou o setor até a promulgação da Lei do Cabo, em
janeiro de 1995.
A
TV por assinatura só ganhou alguma massa crítica com o lançamento da TVA, do
Grupo Abril, em 1991, em São Paulo, que entrou em operação através do sistema
MMDS com os canais CNN (TVA Notícias), Showtime (TVA Filmes), TNT (TVA
Clássicos), ESPN (TVA Esportes) e Supercanal (depois rebatizado de HBO).
No
mesmo ano, as Organizações Globo contra-atacaram e lançaram o canal Multishow e
a Globonews.
E
com mais opções de programação, e a competição entre operadoras promovendo a
expansão das redes, entre 1994 e 1997 o novo meio ganhou impulso e o número de
assinantes saltou de 400 mil para 2 milhões no período.
As
emissoras passaram a ganhar mais espaço no planejamento de mídia dos
anunciantes e colaboraram no processo irreversível de pulverização dos
investimentos publicitários.
Você acredita no fim da TV tradicional nos próximos anos?