terça-feira, 31 de março de 2015

Vale á pena ler de novo: fatos que marcaram a nossa Propaganda IV

Vale á pena ler de novo: fatos que marcaram a nossa Propaganda.

Capítulo IV por Sérgio Duarte

 A privatização da telefonia fixa e o surgimento da telefonia móvel


Até então sob monopólio do Estado através do sistema Telebrás, a telefonia fixa brasileira foi privatizada em 1998 e abriu caminho para investimentos vindos de empresas privadas, modernizando e barateando o acesso às linhas telefônicas.

Juntamente com a abertura de mercado e concorrência, o Brasil viu surgir uma gama de novos e importantes anunciantes, como a espanhola Telefônica, dispostos a investir polpudas verbas publicitárias, com o objetivo de conquistar os consumidores e garantir significativa participação no setor.

Também foi consequência da privatização a popularização das empresas responsáveis pelas chamadas de longa distância nacionais e internacionais.

Fora dos domínios do governo, a telefonia abriu as portas para a entrada dos telefones celulares, sendo que o primeiro aparelho foi introduzido no País em 1993 e os dispositivos começaram a chegar às mãos dos consumidores dois anos depois.

Hoje, com um grande número de operadoras atuantes, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já registra milhões de linhas habilitadas.

Os telefones celulares se transformaram em companheiros inseparáveis dos brasileiros, cada vez mais ávidos por novas tecnologias.

Com a telefonia móvel surgiram também novas oportunidades de mídias e negócios, como acesso à internet por dispositivos móveis e inserções publicitárias dos mais variados modelos através do Mobile Marketing, que tende a ganhar mais força na telefonia móvel. 


Below the line ganha espaço na verba de marketing


Nos últimos anos, mais notadamente na década passada, os serviços especializados de marketing, convencionalmente chamados "Below The Line", ganharam tamanha força que, nos mercados mais maduros do mundo, entre os quais o brasileiro, havia atraído mais investimentos que a publicidade tradicional - o "Above The Line".

Foram frequentes ações cujo foco foram justamente na estratégia promocional, de marketing direto, ou no merchandising de ponto-de-venda, palco que ganhou notoriedade, sofisticação e importância crucial para muitas categorias de produtos de consumo.

Eventos com o uso da própria marca, como o Skol Beats, Claro que é Rock e Tim Festival, tornaram-se comuns e outros, como o Festival de Parintins e Planeta Atlântida, passam a atrair grandes patrocinadores.

Tal movimento gerou uma reação do mercado, incluindo a ampliação da oferta de serviços pelas agências antes dedicadas exclusivamente à publicidade tradicional, que viram as verbas por elas administradas vazarem por entre os dedos rumo ao "below the line".

O perfil das agências ganhou novos contornos. O mercado, por sua vez, passou a assistir a muitas negociações de compra de empresas independentes por grandes grupos multinacionais, dispostos a não perder fatias valiosas do investimento de seus clientes.

Desde então, repete-se como mantra a promessa de "pensamento 360 graus" ou de "atuação multidisciplinar".


O reconhecimento em Cannes começou em 2003, com a criação dos Direct Lions, e em 2006, com os Promo Lions. Entretanto, como o mercado vive um momento de transição, onde empresas convivem paralelas à atuação de agências 100% focadas nas diversas especialidades dos serviços de marketing.