Vale á pena ler de
novo: fatos que marcaram a nossa Propaganda.
Capítulo IV por Sérgio
Duarte
A privatização da telefonia fixa e o surgimento da telefonia móvel
Até
então sob monopólio do Estado através do sistema Telebrás, a telefonia fixa
brasileira foi privatizada em 1998 e abriu caminho para investimentos vindos de
empresas privadas, modernizando e barateando o acesso às linhas telefônicas.
Juntamente
com a abertura de mercado e concorrência, o Brasil viu surgir uma gama de novos
e importantes anunciantes, como a espanhola Telefônica, dispostos a investir
polpudas verbas publicitárias, com o objetivo de conquistar os consumidores e
garantir significativa participação no setor.
Também
foi consequência da privatização a popularização das empresas responsáveis pelas
chamadas de longa distância nacionais e internacionais.
Fora
dos domínios do governo, a telefonia abriu as portas para a entrada dos
telefones celulares, sendo que o primeiro aparelho foi introduzido no País em
1993 e os dispositivos começaram a chegar às mãos dos consumidores dois anos
depois.
Hoje,
com um grande número de operadoras atuantes, a Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel) já registra milhões de linhas habilitadas.
Os
telefones celulares se transformaram em companheiros inseparáveis dos
brasileiros, cada vez mais ávidos por novas tecnologias.
Com a telefonia móvel surgiram também novas oportunidades de mídias e negócios, como acesso à internet por dispositivos móveis e inserções publicitárias dos mais variados modelos através do Mobile Marketing, que tende a ganhar mais força na telefonia móvel.
Below the line ganha espaço na verba de marketing
Nos
últimos anos, mais notadamente na década passada, os serviços especializados de
marketing, convencionalmente chamados "Below
The Line", ganharam tamanha força que, nos mercados mais maduros do
mundo, entre os quais o brasileiro, havia atraído mais investimentos que a
publicidade tradicional - o "Above
The Line".
Foram
frequentes ações cujo foco foram justamente na estratégia promocional, de
marketing direto, ou no merchandising de ponto-de-venda, palco que ganhou
notoriedade, sofisticação e importância crucial para muitas categorias de
produtos de consumo.
Eventos
com o uso da própria marca, como o Skol Beats, Claro que é Rock e Tim Festival,
tornaram-se comuns e outros, como o Festival de Parintins e Planeta Atlântida,
passam a atrair grandes patrocinadores.
Tal
movimento gerou uma reação do mercado, incluindo a ampliação da oferta de
serviços pelas agências antes dedicadas exclusivamente à publicidade
tradicional, que viram as verbas por elas administradas vazarem por entre os
dedos rumo ao "below the line".
O
perfil das agências ganhou novos contornos. O mercado, por sua vez, passou a
assistir a muitas negociações de compra de empresas independentes por grandes
grupos multinacionais, dispostos a não perder fatias valiosas do investimento
de seus clientes.
Desde
então, repete-se como mantra a promessa de "pensamento 360 graus" ou
de "atuação multidisciplinar".
O
reconhecimento em Cannes começou em 2003, com a criação dos Direct Lions, e em
2006, com os Promo Lions. Entretanto, como o mercado vive um momento de
transição, onde empresas convivem paralelas à atuação de agências 100% focadas
nas diversas especialidades dos serviços de marketing.